Permissionários voltam a fazer manifestações na Ceagesp, em São Paulo

Grupo de 200 pessoas fechou dois portões da Companhia, impedindo a entrada de caminhõesA Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, zona oeste da cidade de São Paulo, deixou de funcionar pelo segundo dia consecutivo nesta quinta, 29 de março. A direção da Ceagesp já avisou que não vai negociar com os permissionários e caminhoneiros do entreposto enquanto a situação não se normalizar.

Os permissionários reivindicam o cancelamento da cobrança do estacionamento, medida que já teve o edital de licitação publicado, mas que deve começar só daqui a 15 meses. Para entrar no local cada caminhão deverá pagar pelo menos R$ 4,00.

Segundo o diretor técnico operacional da Ceagesp, Luiz Ramos, a Companhia já garantiu na Justiça o direito de não paralisar as atividades. Durante toda manhã, representantes da Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo (Apesp), estiveram reunidos com a direção da entreposto comercial.

O Canal Rural acompanhou o início da manhã do maior entreposto comercial da América Latina. Por volta das 7h, um grupo de cerca de 200 pessoas fechou dois portões, impedindo a entrada de caminhões. A situação ficou tensa quando os manifestantes bloquearam a Avenida Gastão Vidigal, ao lado da Marginal Pinheiros. O policiamento precisou ser reforçado.

Enquanto a situação não é resolvida, a comercialização dos produtos está suspensa. O permissionário de uma banca, que preferiu não se identificar, revelou que já perdeu de R$ 40,000. Milhares de caminhões carregados estão dando meia-volta sem ter onde descarregar a mercadoria. A preocupação é que a paralisação afete o abastecimento da população.