Personagem Soja Brasil: Beatriz Ferreira

Pesquisadora da Embrapa Soja foi uma das responsáveis pela implementação do Manejo Integrado de Pragas (MIP)

A pesquisadora Beatriz Ferreira nasceu em Encruzilhada do Sul (RS) e desde criança já gostava de assuntos relacionados à natureza. Seguindo por esse caminho, fez carreira na entomologia, nicho da pesquisa que estuda o controle, comportamento e distribuição de pragas nas plantas.

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Foram nos estudos de um mestrado que Beatriz que a pesquisadora conseguiu comprovar que era possível fazer o manejo de pragas da soja por meio de seus inimigos naturais. Já na Embrapa Soja, ela e outros pesquisadores desenvolveram o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que utiliza menos produtos defensivos e torna o cultivo de soja mais sustentável.

– Na época em que começamos, havia pouca gente na Embrapa Soja e pouca pesquisa sobre o assunto. Observamos que esses inimigos naturais ajudavam no controle de pragas, o MIP é um conjunto de alternativas para auxiliar o produtor a ter melhor condição na lavoura – explica.

Hoje, os produtores que fazem o MIP aprendem a lidar melhor com os insetos na lavoura, quando a praga passa a causar danos e como pode ser feito o controle delas sem matar seus inimigos naturais. Um exemplo é a vespa que ataca os ovos de percevejos naturalmente, mas os defensivos impediam que esse processo ocorresse.

– Quando o produtor adota o Manejo Integrado de Pragas, os resultados são bastante significativos, além de tornar a agricultura mais sustentável. O produtor utiliza menos agrotóxico, também tem reflexo econômico – lembra a pesquisadora da Embrapa Divania de Lima.

Foi nos estudos de um mestrado que Beatriz Ferreira que o MIP na soja começou a ganhar forma (Reprodução/Canal Rural)
Nos estudos de um mestrado que Beatriz Ferreira que o MIP na soja começou a ganhar forma (Reprodução/Canal Rural)

O trabalho de Beatriz Ferreira na criação do MIP permitiu uma linha mais limpa na agricultura, orienta os produtores para que usem os defensivos de maneira harmoniosa e conforme suas necessidades. Os colegas da pesquisadora exaltam seu entusiasmo e força de vontade no campo de pesquisa.

– Eu sempre gostei muito de natureza, da pesquisa em si. Para mim é gratificante esse trabalho. A pesquisa dando resultado positivo ou negativo nos mostra como devemos executar da melhor forma possível – ressalta.

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* Colaborou Gabriela Zavarizzi

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