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PIB do agronegócio cresce 19% entre janeiro e novembro de 2020

De acordo com o levantamento da CNA e Cepea, com o resultado, aumentam as perspectivas de um PIB recorde no fechamento de 2020

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Foto: RR Rufino/Embrapa

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 19,66% de janeiro a novembro de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. Com este resultado no acumulado ano, aumentam as perspectivas de um resultado recorde para 2020, segundo pesquisa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

O melhor desempenho de janeiro a novembro do ano passado foi para o setor primário, que teve expansão de 47,5%. Mas todos os segmentos tiveram alta no acumulado de 11 meses. O setor de serviços cresceu 17,06%, enquanto agroindústria e insumos tiveram elevações de 5,58% e 3,36%, respectivamente.

No mês de novembro, o PIB mensal do agronegócio geral cresceu 2,37%, com expansão para os segmentos primário (5,29%), agroindustrial (0,91%) e de agrosserviços (1,88%), e resultado praticamente estável para o segmento de insumos (0,09%), na comparação com novembro de 2019.

“O PIB do agronegócio cresceu lentamente em abril e em maio, por causa dos impactos negativos da pandemia sobre diferentes atividades do setor. Mas, com a forte aceleração verificada desde junho, a perspectiva de um crescimento recorde anual em 2020 vai se concretizando”, destaca o comunicado técnico da CNA.

Os segmentos agrícola e pecuário tiveram expansão de janeiro a novembro do ano passado. O ramo agrícola cresceu 18,16% no ano, reflexo do aumento de produção e alta de preços. “O importante crescimento do PIB reflete os preços maiores na comparação com o mesmo período de 2019 e a maior produção anual, com uma safra recorde de grãos e crescimentos também para o café, a cana-de-açúcar e o cacau”, explica a CNA.

No acumulado de janeiro a novembro, o segmento pecuário cresceu 23,08%, com alta para os agrosserviços (25,11%), atividade primária (24,85%), agroindústria (19,91%) e insumos (6,21%). O resultado é justificado pela elevação de preços das proteínas animais em comparação com 2019, além da expansão da produção e abate de aves e suínos e da produção de ovos e leite.