A vereadora contou que também foi notificada e que precisou de permissão para poder servir as refeições do restaurante que tem no local. A maior preocupação dos moradores, segundo ela, é a de que não existe um plano de desocupação da área. Irene afirmou que chegou a procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas não foi atendida.
A localidade do Posto da Mata concentra o maior foco de resistência à desocupação. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), supostas lideranças reunidas no local têm estimulado agressões ao processo e ao direito das pessoas de deixarem a área.
A Funai comunicou que essas lideranças tentam impedir as pessoas que querem se retirar da área de circular na direção de Alto Boa Vista e promovem sucessivos bloqueios na BR 158 e da MT-240, que liga Água Boa a Nova Nazaré.
Na sexta, dia 28, um caminhão da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que estava cedido para a Secretaria Estadual de Saúde Indígena (Sesai) para o transporte de cestas básicas para uma aldeia de Mato Grosso, foi roubado e foi incendiado ao tentar passar em Posto da Mata.
Segundo a Funai, até a sexta, dia 28, foram cadastradas 201 famílias para análise de perfil com vistas ao reassentamento em programas da reforma agrária. Foram consideradas aptas, até o momento, 92 famílias.
A Fundação também informou que o Projeto de Assentamento Casulo, denominado PAC Vida Vida Nova, está em fase de implantação pela superintendência regional do Incra em Mato Grosso e beneficiará 300 unidades familiares destinadas aos ocupantes da localidade de Posto da Mata.