Soja opera em alta em Chicago por bloqueios nas estradas do Brasil

Após terminar essa quarta, dia 25, em baixa, valores voltam a subir diante da indefinição sobre o término da paralisação

Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago (CBOT) operaram em alta nesta quinta, dia 26, com mais um dia bloqueios em estradas brasileiras se mantendo após o governo anunciar propostas na véspera para tentar encerrar o movimento.

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O pregão encerrou com alta nos contratos superior a dois dígitos. Para março, a alta foi de 16,25%, fechando a US$ 10,24/bushel mais prêmio de US$ 0,42. Já para abril, a alta foi de 15,75%, fechando a US$ 10,26/bushel mais prêmio de US$0,32.

A manifestação dos caminhoneiros continuou no trecho da BR-163 concedido à Rota do Oeste em Mato Grosso, informou a concessionária. A BR-163 é a principal ligação de importante região produtora de soja de Mato Grosso, o maior produtor nacional do grão, com os portos exportadores.

Na véspera, os contratos da soja terminaram em baixa, com expectativas do fim do protesto no Brasil, que em 2014 liderou as exportações globais de soja. O preço da commodity sobe em Chicago com expectativa de que a demanda migre para os Estados Unidos, diante dos protestos no Brasil.

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Na noite de quarta, dia 25, o governo anunciou uma série de propostas numa tentativa de pôr fim aos protestos de caminhoneiros que bloqueiam estradas o país, como a estabilidade dos preços do diesel por seis meses, sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões.

Caminhoneiros divididos

Representantes dos caminhoneiros que participaram de reunião com governo e empresários, na quarta-feira, aceitaram as propostas apresentadas para acabar com os bloqueios nas estradas, mas o líder do chamado Comando Nacional dos Transportes disse que as promessas não foram aceitas.

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A Polícia Rodoviária Federal ainda não divulgou balanço dos bloqueios nas estradas nesta manhã. Na quarta, foram mais de 90 bloqueios.

Reuters

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