'Estamos entrando em um novo ciclo de alta nos preços da soja', diz analista

Soja Brasil

'Estamos entrando em um novo ciclo de alta nos preços da soja', diz analista

O consultor da StoneX Étore Baroni deu uma palhinha sobre o tema que pretende trazer em sua palestra durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja

A colheita da soja nem bem começou no Brasil e muitos produtores já estão pensando no futuro preço do grão, já de olho nas vendas do que ainda irão retirar do campo. Segundo o consultor da StoneX Étore Baroni, a tendência para os preços é de alta, ou de pelo menos manutenção dos valores em patamares mais elevados.

“Estamos entrando em um novo ciclo de alta nos preços. E isso deve durar até que os estoques dos Estados Unidos, do Brasil e mundial se recuperem, o que pode levar de 2 a 3 anos. Até lá, o preço da soja tende a ficar firme e elevado no período”, afirma.

Segundo o consultor, o mercado está focado na América do Sul neste momento e, depois, estará de olho nos Estados Unidos.

“O mercado espera que os EUA ampliem a área em pelo menos 3 milhões de hectares e a produtividade precisa ser boa. Assim como tanto o Brasil quanto a Argentina devem seguir ampliando área e produção. Se tudo isso acontecer a recomposição dos estoques mundiais acontecerá no segundo semestre de 2022”, conta Baroni.

Mas existem outras variáveis a serem consideradas e, por isso, o consultor foi convidado a fazer uma das palestras sobre o futuro dos preços da Soja durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja, que acontecerá dia 4 de fevereiro, direto de Luís Eduardo Magalhães (BA). O evento terá formato conectado e multiplataforma devido a pandemia do coronavírus e será transmitido para todo o país a partir das 9h (Brasília).

Confira os detalhes abaixo:

Brasil e nova safra

A consultoria StoneX está prevendo que a safra de soja do Brasil pode chegar a 132,8 milhões de toneladas, alta de 6,28% ante a safra anterior, que foi colhida em 125 milhões de toneladas.

“Esse aumento na produção se dá pelo aumento da área plantada e também pela recuperação da produção do Rio Grande do Sul, que teve uma forte quebra de até 50% da safra em 2019/2020. Com a safra cheia por lá, o Brasil deve consolidar sua nova safra recorde”, diz.

Mas nem tudo são flores e Baroni não descarta a chance de revisões para baixo nesta expectativa, puxada principalmente por possíveis problemas até a colheita da soja, que está atrasada.

“Ainda tem muita coisa para acontecer, já que a safra está em pleno andamento. A colheita deve iniciar em breve no Paraná e Mato Grosso do Sul. Mas o excesso de chuvas ainda pode gerar algum ajuste para baixo nessa estimativa. Tem soja brotada no Paraná e outros estados devido ao clima. Mas não acredito em uma quebra grande como no ano passado. Teremos certamente redução de qualidade em algumas regiões”finaliza ele.

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