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Guarapuava (PR) enfrenta ferrugem asiática mais severa dos últimos anos

Reclamação é o difícil controle da doença, mesmo com quatro aplicações de fungicidas; produtores temem que produtos estejam perdendo eficiência

Ricardo Cunha | Guarapuava (PR)

A ferrugem asiática vem tirando o sono dos produtores de soja da região de Guarapuava, no centro-sul do Paraná. Com o crescente número de aplicações de defensivos, já se fala na possibilidade do fungo ter adquirido resistência a alguns produtos químicos.

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Os dias nublados com chuva e a temperatura até 2°C acima da média estão favorecendo o desenvolvimento do fungo nas lavouras de soja. Em uma propriedade do município, não é difícil encontrar sinais da doença na lavoura.

– A gente não tinha visto isso em outros anos. Este ano, o ataque está sendo realmente muito severo – explica o gerente da propriedade, Márcio Novatzki.

Ele recorda que, ano passado, a ferrugem atacou mais as plantas no final do ciclo, mas este ano a doença surgiu em um momento muito importante: na fase de enchimento de grãos. Além da perda de produtividade, o controle está sendo mais difícil.

– No ano passado, a gente aplicou. Exclusivamente para ferrugem, duas aplicações. Este ano, fizemos duas aplicações e acho que vamos ter mais duas. Vamos ter quatro aplicações, exclusivamente para ferrugem – comenta Novatzki.

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O fitopatologista Heraldo Feska não tem dúvida que o ataque da ferrugem asiática está sendo o pior que já teve nas lavouras do Paraná. Segundo ele, os agricultores não podem descuidar das áreas.

– Ele deve monitorar a área e definir qual é o produto e fazer uma rotatividade de princípios ativos, para que seja eficiente o controle e não ocorra resistência ainda maior da ferrugem em relação ao produtor que ele está usando. Trabalhar com triazóis e estribilurina; triazóis e carboxamidas, porém o custo dos triazóis e carboxamidas é maior, mas são eficientes no controle da ferrugem – orienta.

Com tantas aplicações sendo feitas, já se fala na possibilidade do fungo causador da doença ter adquirido resistência a alguns produtores. Prova disso é o período residual entre uma aplicação e outra, que diminuiu de 18 para 10 dias. O fitopatologista acredita que esse espaço pode encurtar ainda mais até o final da safra.

– Provavelmente pode chegar até oito dias entre uma aplicação e outra – estima.

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Com mais entradas na lavoura para aplicar fungicida, é certo que o custo de safra será maior.

– Eu acho que este ano o custo da lavoura deve subir 40% em relação ao ano passado. A gente pode chegar até 50%. Claro que ainda tem que colher, mas a gente sabe que será muito caro – projeto o gerente de fazenda Márcio Novatzki.

Clique aqui e veja o vídeo da reportagem.

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