Soja Brasil

Soja em Chicago sobe com rumores sobre transferência de área para o milho

Segundo a Agência Safras, com bom ritmo no plantio do milho dos EUA, crescem os rumores sobre uma provável transferência de área da oleaginosa para o cereal

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, 14, com preços em alta. Especulações de transferência de área da oleaginosa para o milho nos Estados Unidos e os ganhos acentuados do petróleo deram sustentação ao mercado.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 20,50 centavos de dólar por libra-peso ou 1,47% a US$ 14,10 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,02 por bushel, com ganho de 17,50 centavos ou 1,26%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo avançou US$ 3,20 ou 0,81% a US$ 398,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 54,24 centavos de dólar, ganho de 1,21 centavo ou 2,28%.

Segundo a Agência Safras, com o plantio do milho avançando bem nos Estados Unidos, crescem as conversas sobre uma provável transferência de área da oleaginosa para o cereal, o que sustentou as cotações. A alta do petróleo no mercado internacional e a expectativa de aumento no esmagamento de soja dos Estados Unidos completaram o cenário positivo aos preços.

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) divulga na quinta-feira o resultado do esmagamento dos Estados Unidos no mês de março. Os números saem às 13 horas, horário de Brasília.

O mercado aposta em número de 179,179 milhões de bushels. Em fevereiro, foram esmagados 155,158 milhões de bushels. Em março de 2020, somaram 181,374 milhões de bushels. A Associação deve indicar os estoques de óleo de soja americanos em 1,822 bilhão de libras. Em fevereiro, somaram 1,757 bilhão de libras. Em março de 2020, havia sido de 1,899 bilhão de libras.

Mercado físico da soja

Com Chicago e dólar em direções opostas, o mercado brasileiro de soja teve mais um dia de poucos negócios e de
preços regionalizados. Os contratos futuros voltaram para níveis acima de US$ 14, elevando as cotações domésticas nas principais praças. Mas a retração do produtor manteve o mercado travado.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 169,50 para R$ 171. Na região das Missões, a cotação passou de R$ 168,50 para R$ 170. No porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 176 para R$ 177.

Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 170 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca permaneceu em R$ 176.

Em Rondonópolis (MT), a saca estabilizou em R$ 165,50. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 158 para R$ 159. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 160 para R$ 161.

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,83%, sendo negociado a R$ 5,6690 para venda e a R$ 5,6670 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6640 e a máxima de R$ 5,7350.