Soja Brasil

Soja: comprador eleva ofertas, mas movimentação é lenta no mercado interno

Chicago e dólar caminharam em direções opostas, o que também prejudicou a comercialização da soja, segundo a Safras & Mercado

O mercado brasileiro de soja encerrou a sexta com preços firmes. Precisando de soja, o comprador eleva as pedidas, mas não encontra resposta do produtor, que está de fora do mercado. Como resultado, poucos negócios foram registrados.

Chicago e dólar caminharam em direções opostas, o que também prejudicou a comercialização. O foco está na colheita, que enfrenta dificuldades devido ao excesso de chuva. A Safras & Mercado indica a movimentação de cerca de 300 mil toneladas na semana, a maioria no estado de Goiás.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 205 para R$ 207. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 204 para R$ 206. No Porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 205 para R$ 2075.

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Foto: Mapa

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 192,50 para R$ 193,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 198 para R$ 199.

Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 179. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 187. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 181 para R$ 179.

Soja em Chicago

Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais altos, elevando a valorização semanal para 1,2% na posição março. O cenário fundamental assegurou a elevação, combinando boa demanda pela soja americana e as preocupações com o clima seco na América do Sul.

Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou mais uma operação de venda por parte dos exportadores privados. Dessa vez foram 198 mil toneladas para destinos não revelados. Ao longo da semana, uma série de operações foram anunciadas, envolvendo cerca de 500 mil toneladas.

Os números para as exportações semanais americanas também ressaltaram essa boa procura, somando quase 3 milhões de toneladas. A menor safra sul-americana se consolida após mais uma semana de poucas chuvas. A previsão é que as precipitações retornem em bons volumes somente no dia 20. Mas as perdas no potencial produtivo são irreversíveis.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 9,50 centavos de dólar por bushel ou 0,59% a US$ 16,01 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 16,03  por bushel, com ganho de 7,50 centavos ou 0,46%. Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 1,30 ou 0,28% a US$ 447,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 67,57 centavos de dólar, com alta de 0,76 centavo ou 1,13%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em R$ 5,141, com perda de 0,5%. Na semana, a moeda americana acumulou uma desvalorização de 1,96%. O fluxo de recursos externos voltou a pressionar o mercado, repetindo a performance predominante nos últimos dias.