CENÁRIO

Estados Unidos devem plantar mais soja; veja como o mercado reagiu  

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quinta-feira com preços mistos, perto da estabilidade

Com saca em declínio, ritmo da colheita da soja desacelera em MT
Foto: Canal Rural/Reprodução

O mercado brasileiro de soja teve um dia volátil, devido ao movimento de Chicago.

Os preços melhoraram após os relatórios trimestrais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O dólar acima dos R$ 5 também favoreceu preços mais altos.

Houve negócios quando os produtores aproveitaram a valorização das cotações. O lado comprador, por sua vez, não foi muito agressivo. Na comparação com o resto da semana, o ritmo de hoje foi melhor.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 118,50 para R$ 121,00. Na região das Missões, a cotação aumentou de R$ 117,50 para R$ 120,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço foi de R$ 124,00 para R$ 127,00 a saca.

Em Cascavel, no Paraná, a saca valorizou de R$ 115,00 para R$ 116,00. No porto de Paranaguá (PR), o preço cresceu de R$ 124,00 para R$ 125,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca foi de R$ 111,00 para R$ 113,00. Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 112,00 para R$ 113,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca valorizou de R$ 109,00 para R$ 111,00.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mistos, perto da estabilidade. As primeiras posições recuaram e as demais subiram. O mercado absorveu os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), se posicionando frente ao final de semana prolongado.

Na semana, maio teve leve desvalorização. No mês, subiu 4,45%, diminuindo a perda trimestral para 3,34%.

A área plantada com soja nos Estados Unidos em 2024 deverá totalizar 86,5 milhões de acres, conforme o relatório de intenção de plantio do USDA. A previsão indica uma elevação de 3% sobre o ano anterior.

O número ficou acima da expectativa do mercado, que era de 86,3 milhões de acres. No Fórum Anual do USDA, realizado em fevereiro, a previsão era de uma área de 87,5 milhões de acres.

No ano passado, os produtores americanos plantaram 83,6 milhões de acres com a oleaginosa. Segundo o USDA, 24 dos 29 estados produtores deverão elevar ou manter o plantio.

Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1º de março, totalizaram 1,85 bilhão de bushels de bushels. O volume estocado subiu 9% na comparação com igual período de 2023.

O número ficou acima da expectativa do mercado, de 1,83 bilhão de bushels. Do total, 933 milhões de bushels estão armazenados com os produtores, com alta de 24% sobre o ano anterior. Os estoques fora das fazendas somam 912 milhões de bushels, com baixa de 3%.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 1,00 centavo de dólar, ou 0,08%, a US$ 11,91 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 12,05 1/4 por bushel, com perda de 1,25 centavo ou 0,10%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 1,30 ou 0,38% a US$ 337,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 47,95 centavos de dólar, com alta de 0,28 centavo ou 0,58%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,68%, sendo negociado a R$ 5,0140 para venda e a R$ 5,0120 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9796 e a máxima de R$ 5,0180. Na semana, a moeda teve valorização de 0,32%, enquanto no mês e trimestre a valorização foi de 0,81% e 3,34%, respectivamente.