Soja Brasil

Produtor que concorre ao Personagem Soja Brasil é um dos pioneiros em plantio direto

Natural do Rio Grande do Sul, agricultor se estabeleceu em Mato Grosso, onde cultiva soja desde 1988

O produtor rural Canisio Froelich, natural do município de Santo Cristo, no interior do Rio Grande do Sul, é um dos concorrentes ao tradicional prêmio Personagem Soja Brasil.

Ele herdou o amor pela terra do pai, pequeno agricultor que cultivava feijão, milho, soja e trigo. “Meu pai era sitiante pequeno e as oportunidades no Rio Grande do Sul eram poucas. Era difícil sustentar os 11 filhos”, conta.

Em busca de melhores horizontes, Froelich foi para Mato Grosso em 1988 e começou a produzir soja juntamente com um dos irmãos. O produtor lembra que o início da semeadura em sistema de plantio direto começou no mesmo ano, quando teve a oportunidade de semear na palha graças às orientações de um técnico da Embrapa.

“Temos áreas com 34 anos de plantio direto aqui na propriedade […]. Estamos sempre em busca de novas tecnologias, variedades e, principalmente, de conhecimento”, declara. O agricultor cultiva soja em rotação com o milho, além de também cultivar algodão, consorciando-o com a oleaginosa em certas épocas.

produtor rural Canisio Froelich - Personagem Soja Brasil
Canisio Froelich. Foto: Reprodução Canal Rural

A Fazenda Buriti, onde Froelich produz os grãos e a pluma, possui 5.100 hectares de área cultivável. “Como produtores, somos responsáveis por produzir alimentos que estão sendo consumidos no mundo todo, então sempre existe a preocupação de ter maior produtividade”.

Segundo ele, com as restrições de desmatamento, é necessário incorporar pastos degradados a áreas cultiváveis para alimentar o mundo. “A produção de alimentos precisa aumentar, no mínimo, proporcionalmente ao crescimento da população mundial”, considera.

Desafios da região para o produtor

O produtor aponta a infraestrutura do estado de Mato Grosso como um desafio. “Estamos no centro do país e ainda pagamos muito caro para levar o nosso produto ao porto. Outra preocupação é ter pessoas qualificadas para trabalhar”.

Froelich também se queixa do valor cobrado pelo seguro da lavoura. “Plantamos sem seguro nenhum e ficamos muito expostos ao clima. O governo poderia incentivar [o setor] para que o produtor não pague tão caro pelo seguro de seu investimento”, conclui.