Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja nesta semana que se inivia. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Gutierrez Roque.
– Os players do mercado da soja permanecem com as atenções centralizadas nos mapas climáticos sobre o cinturão produtor dos EUA para o desenvolvimento das lavouras da nova safra. Os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional também chamam a atenção, assim como a volatilidade do mercado financeiro diante do risco de recessão global.
– As condições das lavouras norte-americanas continuam se deteriorando frente a um clima pouco favorável ao desenvolvimento das plantas em boa parte dos principais estados produtores. Apesar de algumas chuvas terem chegado nos últimos dias em parte do cinturão, as últimos seis semanas tiveram predomínio de um clima pouco úmido e com temperaturas elevadas.
– No último relatório semanal de condições, divulgado pelo USDA no dia 25, novamente foi registrada uma piora nas condições das lavouras. Tal fato, aliado às previsões que indicam para mais duas semanas de poucas chuvas e de temperaturas acima da média impulsionaram os contratos em Chicago nos últimos dias.
– É possível que o USDA indique uma nova piora nas condições em seu relatório do dia 1o de agosto, mesmo que algumas chuvas tenham atingido alguns estados. O alerta sobre a safra norte-americana está ligado. O clima em agosto é fator decisivo para a consolidação dos potenciais produtivos das plantas.
– No lado da demanda, o USDA anunciou uma grande venda de soja para destinos não revelados nesta última semana. Mesmo sem a confirmação do destino, é bastante provável que os compradores sejam chineses. Conforme viemos falando, à medida que vamos nos aproximando da colheita da nova safra norte-americana, os anúncios de novas vendas devem se intensificar.
-O lado financeiro deve continuar trazendo uma volatilidade adicional para todos os mercados, o que inclui a soja em Chicago. É importante acompanharmos indicadores econômicos e decisões fiscais e monetárias das principais economias do mundo. O dólar também responde a estes fatores, e deve continuar bastante volátil.