ESTRESSE HÍDRICO

Replantio de soja chega a 14% no oeste da Bahia

Até o momento, 77% dos 2 milhões de hectares dedicados à oleaginosa na região foram plantados, conforme levantamento da Aiba

replantio soja MT
Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

Em meados de dezembro de 2022, os produtores de soja da região Oeste da Bahia já tinham concluído toda a semeadura do grão. No entanto, esse cenário não se repete este ano.

De acordo com o último levantamento de safra, divulgado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), 77% dos 2 milhões de hectares dedicados à oleaginosa na região foram plantados até agora.

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A falta de chuva é o grande motivo para esse atraso, que tem ocasionado também o replantio em muitas áreas.

A média histórica de chuvas para dezembro é de pouco mais de 200 mm, mas, até agora, choveu somente 31 mm na região. Segundo o relatório, o ritmo da semeadura avança de acordo com as zonas de distribuição de chuva das microrregiões do Oeste da Bahia.

Replantio da soja

Apesar do retorno das precipitações na última semana, a região ainda enfrenta problemas com a falta de uniformidade na semeadura em muitos setores, onde o replantio tem sido a realidade de muitos agricultores.

Até o momento, cerca de 1,5 milhão de hectares de soja foram plantados, o que corresponde a 77,5% da área total estimada. O clima continua sendo uma variável decisiva para evolução e conclusão dos trabalhos em algumas microrregiões.

Na última semana, foi observada novamente redução do ritmo da operação, justificada pela má distribuição de chuvas.

Ainda assim, é notório que as precipitações irregulares vem comprometendo o desempenho de muitas lavouras do Oeste baiano. Estima-se que em torno de 14% da área já pontuou a necessidade de replantio.

Milho em dificuldades

milho rio grande do sul
Foto: João Henrique Bosco/Canal Rural Mato Grosso

Deixado de lado por parte dos produtores, que têm preferido plantar sorgo motivados pelos preços, o milho já foi cultivado em aproximadamente 90 mil hectares no Oeste baiano. Isso corresponde a 82% da área total.

Estima-se que em torno de 6% da área já manifestou a necessidade de replantio. Existe também uma grande preocupação com veranicos futuros, sendo essa cultura altamente exigente em regimes hídricos de acordo com os estágios vegetativos e reprodutivos.