RESUMO DO MERCADO

Semana da soja foi marcada por perdas em Chicago e preços sob pressão no Brasil

Estabilidade do dólar frente ao real também pesou sobre as cotações, mantendo compradores e vendedores afastadados

cotação soja

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de movimentação pontual e de preços sob pressão.

A forte queda dos contratos futuros em Chicago e a estabilidade do dólar frente ao real pesaram sobre as cotações, mantendo compradores e vendedores afastadados.

Ao longo da semana, os preços da soja disponível se comportaram assim:

  • Passo Fundo (RS): recuou de R$ 116 para R$ 115
  • Cascavel (PR): passou de R$ 109 para R$ 108
  • Rondonópolis (MT): subiu de R$ 101 para R$ 104
  • Porto de Paranaguá: baixou de R$ 118 para R$ 116

Prêmios e Chicago

Os prêmios de exportação são pressionados pelo avanço da colheita, aumentando a oferta. Mas há a expectativa de retorno dos compradores chineses, limitando a queda.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março, os mais negociados, atingiram os menores níveis em três anos. A posição acumulava desvalorização semanal de 2,26% até a manhã da sexta, cotada a US$ 11,45 3/4 por bushel.

Os fundamentos seguem pressionando Chicago. A entrada da volumosa safra sul-americana e a melhora do clima nesta semana determinam as vendas por parte de fundos e especuladores. Completando o quadro, a demanda é fraca pela soja norte-americana neste momento.

Safra de soja sul-americana

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Foto: Montagem Canal Rural

Mesmo menor do que esperado inicialmente, a produção brasileira deverá ficar em torno de 150 milhões de toneladas, de acordo com a Safras & Mercado.

A Argentina, sem os problemas climáticos da temporada passada, deve colher ao menos 50 milhões de toneladas. Paraguai e Uruguai também apresentam boa oferta.

Nos Estados Unidos, as sinalizações iniciais são de ampliação da área a ser plantada. Sem problemas meteorológicos, o viés é de aumento na produção e nos estoques americanos na
temporada 2024/25.