A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) projeta que 46,5 milhões de toneladas de soja sejam processadas no país. Isso representa queda de 200 mil toneladas em relação à projeção anterior e de quase 1%, quando comparada ao volume processado no ano de 2020, que finalizou o período em 46,8 milhões de toneladas.
De janeiro a abril de 2021, foram processadas 12,1 milhões de toneladas do grão, para uma amostra representativa de 85% do esmagamento no Brasil.
“A redução do esmagamento da soja resulta da menor demanda doméstica por óleo de soja, que, por sua vez, reflete a redução da mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel fóssil para 10% (B10) nos leilões L79 e L80”, afirma Daniel Furlan Amaral, economista-chefe da Abiove.
Esse impacto sobre o esmagamento resultante da retração do consumo interno de óleo acontece à despeito do aumento das exportações. A estimativa atual é de que a exportação de óleo de soja alcance 1,2 milhão de toneladas em 2021, alta de 20% sobre a projeção anterior e de 8% comparada ao ano de 2020.
De janeiro a maio de 2021, a exportação brasileira de óleo de soja cresceu 30% em relação ao mesmo período de 2020, segundo dados oficiais do Ministério da Economia.
Diante deste cenário de menor esmagamento e da produção recorde estimada de 137,5 milhões de toneladas de soja, a Abiove aumentou sua estimativa para a exportação de soja em grão para 85,7 milhões de toneladas em 2021 e reduziu a estimativa para a produção de farelo de soja.