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Queda na produtividade faz preço da mandioca subir quase 40% em um mês

Algumas indústrias de fécula de mandioca estão entrando em férias coletivas por conta da dificuldade em conseguir a matéria-prima

Fonte: Embrapa/Divulgação

O preço da mandioca disparou nos últimos meses e subiu quase 40% em apenas 30 dias. Segundo especialistas, a queda de produtividade desta safra é apontada como a principal razão para a escassez do produto que já está no fim da colheita.

Em uma propriedade em Piracicaba, no interior de São Paulo, a produtividade da safra está em 30 toneladas por hectare, 25% menor do que no ano passado. O clima não colaborou e o excesso de chuva no início do ano prejudicou as raízes.

Na semana passada, a alta do produto foi de 7% em relação à semana anterior, com o preço médio a prazo pago ao produtor cotado em R$ 540,66 a tonelada, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A cotação leva em conta os valores praticados no Paraná, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo.

“Isso é resultado de uma diminuição de área plantada, lá em meados de 2014/2015, quando os preços estavam muito baixos. Além disso, o produtor vinha de uma situação que ele estava descapitalizado, endividado e a área não aumentou, mostrando as consequências agora, já que é a mandioca é uma cultura de ciclo longo”, disse o pesquisador do Cepea Fabio Isaias Felipe.

Por ser uma cultura de 18 meses de ciclo, a produção de mandioca nem sempre aumenta quando os preços estão elevados, porque podem ocorrer mudanças no mercado entre o plantio e a colheita.

De acordo com o analista, algumas indústrias de fécula de mandioca estão entrando em férias coletivas por conta da dificuldade em conseguir a matéria-prima. Enquanto houver produto, o preço segue em alta no mercado interno, mas, depois disso, a alternativa será a importação.

“Em se tratando de raiz de mandioca, há possibilidade da importação em alguns casos, principalmente em Mato Grosso do Sul e Paraná, mais próximos do Paraguai. No caso da fécula, geralmente há importação e nós temos a Tailândia como principal produtor mundial e principal origem das importações brasileiras do produto”, analisou.

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