Rio+20 também dará prioridade ao combate à fome e à pobreza no mundo

Na conferência, que ocorre em junho no Rio de Janeiro, haverá uma arena social com 18 mesas de discussões destinadas exclusivamente ao temaNa 32ª Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em Buenos Aires, na Argentina, um dos temas discutidos foi a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcada para ocorrer em junho, no Rio de Janeiro. Representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe ratificaram a necessidade de fixar como meta para os próximos anos a erradicação da fome, com a adoção de políticas de desenvolvimento sustentável integrad

A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maya Takagi, disse que, na Rio+20, haverá uma arena social com 18 mesas de discussões destinadas exclusivamente ao tema. Representantes da sociedade civil e organizações não governamentais também participarão dos debates.

– Cada um dos países presentes apresentará suas propostas sobre políticas sociais baseadas na associação de ações para o desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza e da fome, e o desenvolvimento econômico – disse Maya.

No documento Metas do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU), os líderes políticos elencaram alguns compromissos considerados prioritários, como acabar com a fome e a pobreza, investir na universalização da educação básica de qualidade e criar políticas de igualdade entre sexos e de valorização da mulher.

Outros pilares do documento são os compromissos de redução da mortalidade infantil, de melhoria da saúde das grávidas, combate à Aids e à malária e de respeito ao meio ambiente.

A expectativa é que a Rio+20, de 13 a 23 de junho, reúna cerca de cem chefes de Estado e de governo. Até o momento, 80 presidentes e primeiros-ministros confirmaram presença, segundo os organizadores da conferência. São esperados 50 mil credenciados.

A Rio+20 ocorre duas décadas depois da Conferência Eco 92, também no Rio. O objetivo agora é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, priorizando a melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, a economia verde e o desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.

Trabalhar pelo sucesso da conferência é prioridade que a presidenta Dilma Rousseff definiu para ministros e assessores. Esta semana, na 4ª Cúpula do Brics (acrônimo que representa os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, na Índia, Dilma convidou os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev; da China, Hu Jintao; e da África do Sul, Jacob Zuma; além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, para que marquem presença na Rio+20.