Safra de abacate tem crescimento de 15% em algumas regiões de São Paulo

Além do clima favorável, agricultores estão investindo mais na produção e exportando a fruta para outros EstadosProdutores de abacate de São Paulo estão comemorando a alta dos preços e da produtividade neste início de ano. Em algumas regiões do Estado, a safra da fruta teve crescimento de até 15%.

O produtor rural Luiz Ferreti cultiva abacate dos tipos geada, fortuna, quintal e breda. Ele possui três propriedades e arrenda mais dez na região de Santo Antônio de Posse, no interior paulista. No total, 13 mil plantas estão distribuídas em 130 hectares.

Em 2012, o agricultor colheu quatro mil toneladas das quatro variedades de abacate que produz. Este ano, com a ajuda do clima e o investimento em nutrição das plantas, a produtividade cresceu 10%. Só neste primeiro semestre, 20 mil quilos da fruta são colhidos diariamente.

– Houve um período de pouca chuva na época da florada e isso deu uma vantagem em termos de a fruta sair melhor, com pouca incidência de pinta preta. No final do ano, aumentou a chuva e melhorou o crescimento – afirma o produtor.

Segundo o agricultor, a nutrição foliar e de solo são caras, mas o custo compensa. Ele afirma que, além de aumentar a produtividade, o tamanho e o peso, o investimento prolonga a vida das árvores em torno de 30%. A produção de Ferreti hoje é vendida em São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro por cerca de R$ 0,50 por quilo. Segundo ele, o valor está melhorando de 10% a 15% em relação ao ano passado.

O economista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) Flávio Godas aponta os fatores para a alta nesta safra:

– O produtor tem investido mais na produção. São Paulo está mandando para outros Estados, outras regiões do país, e isso acaba aquecendo a produção e favorecendo o investimento do produtor – destaca.

Para os próximos meses, no entanto, o produtor afirma que deve receber um pouco menos.

– O preço iniciou por volta de R$ 1,80 o quilo, preço final de venda no atacado. Daqui para frente, é maior volume e queda no preço pago ao produtor.

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