A previsão inicial dos produtores era chegar a 600 mil toneladas de citrus nesta safra, cerca de 30% a mais que no ano anterior. Mas com a seca, este número não se cumpriu. O presidente da Cooperativa dos Critricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), Fábio José Esswein, diz que nas regiões mais afetadas pela seca, como o nordeste e o noroeste, a quebra é ainda maior.
É o caso dos municípios na costa do rio Uruguai, onde mais da metade da produção foi perdida. Em Marcelino Ramos, onde há 5 mil hectares cultivados com pomares, a seca afetou o desenvolvimento de 2 mil pés de frutas.
Apesar da quebra na safra, a fruta que chegar ao mercado, em boa qualidade, terá venda garantida. Com alto teor de açúcar, tangerinas e laranjas de umbigo são vendidas in natura para a mesa. A única preocupação da Emater diz respeito à laranja que é vendida para a indústria, como as variedades Valência e Folha Murcha, que são colhidas entre julho e agosto.