Safra de citrus traz frutas mais caras para o consumidor no Rio Grande do Sul

Efeito da estiagem no Estado elevou os preços das frutas cítricas. Percentuais variam conforme a variedade e podem chegar a 87% de aumentoA safra de citrus, que começa este mês no Rio Grande do Sul, vai trazer frutas mais caras. Laranjas e tangerinas sofrem os efeitos da seca e, com perda de 30% na produção, registram alta de preços em relação ao ano de 2011. O calor tornou a fruta mais doce este ano, mas a falta de chuvas produziu perdas e doenças nos pomares. Como consequência direta, as variedades de laranja ficaram até 20% mais caras e algumas tangerinas chegam a 87% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado.

A previsão inicial dos produtores era chegar a 600 mil toneladas de citrus nesta safra, cerca de 30% a mais que no ano anterior. Mas com a seca, este número não se cumpriu. O presidente da Cooperativa dos Critricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus), Fábio José Esswein, diz que nas regiões mais afetadas pela seca, como o nordeste e o noroeste, a quebra é ainda maior.

É o caso dos municípios na costa do rio Uruguai, onde mais da metade da produção foi perdida. Em Marcelino Ramos, onde há 5 mil hectares cultivados com pomares, a seca afetou o desenvolvimento de 2 mil pés de frutas.

Apesar da quebra na safra, a fruta que chegar ao mercado, em boa qualidade, terá venda garantida. Com alto teor de açúcar, tangerinas e laranjas de umbigo são vendidas in natura para a mesa. A única preocupação da Emater diz respeito à laranja que é vendida para a indústria, como as variedades Valência e Folha Murcha, que são colhidas entre julho e agosto.