Saiba o que pode mexer com o mercado da soja nesta semana

Segundo a consultoria Safras & Mercado, as conversas entre Estados Unidos e China devem seguir no radar dos operadores de mercado

  • Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.
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  • O mercado de soja mantém as atenções voltadas para um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China. As cotações também devem ser influenciadas pela entrada da nova safra norte-americana, pelo incremento da demanda pela soja dos EUA, assim como pela evolução do plantio da nova safra sul-americana.
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  • A Bolsa de Chicago (CBOT) voltou a ficar animada na última quinta-feira, dia 1, diante do comentário do presidente Trump sobre a recente conversa com o presidente chinês, Xi Jinping. Trump disse que teve uma conversa muito positiva com o representante chinês, incluindo a questão comercial entre os países. O presidente americano completou dizendo que as conversas serão retomadas na próxima reunião do G-20, que ocorrerá no fim de novembro na Argentina.
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  • O mercado respondeu positivamente à fala de Trump, o que levou os contratos futuros a registrarem altas superiores a 3%. Tal otimismo pode perdurar nos próximos dias, trazendo suporte para as cotações. De qualquer maneira, é importante ressaltar que, para haver uma mudança na tendência baixista para Chicago, é necessário que os países caminhem para um acordo comercial que envolva retirar as tarifas chinesas sobre a soja norte-americana. Apenas desta forma é que os contratos futuros podem voltar a ter força e trabalhar em níveis mais elevados.
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  •  Esse maior otimismo do mercado com relação a um possível acordo entre EUA e China derrubou os prêmios de exportação nos portos brasileiros. O mercado se antecipa a uma possível queda na demanda chinesa pela soja brasileira, embora ainda seja cedo para qualquer confirmação.
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  • O produtor deve ter atenção nas fortes oscilações do mercado. A fala de Trump não garante um acordo, embora indique uma aproximação entre os países. Todo o movimento de alta pode ser revertido se notícias negativas surgirem nas próximas semanas.
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  • Do lado da oferta, a entrada da supersafra dos EUA continua pesando sobre o mercado. Além disso, os trabalhos de plantio evoluem bem no Brasil, encaminhando uma safra com grande potencial.
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  • Chicago tem como objetivo voltar a testar a linha de US$ 9 por bushel na posiçã de novembro de 2018. Para baixo, entre US$ 8,65 e US$ 8,40. A novidade sobre a guerra comercial traz suporte no curto-prazo.

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