Seguro rural: governo deve reduzir porcentual da subvenção

Objetivo é possibilitar que um número maior de produtores tenha acesso ao benefícioO Ministério da Agricultura vai propor ao comitê interministerial gestor do seguro rural, que se reúne na quarta da próxima semana, dia 13, a redução dos percentuais da subvenção concedida aos prêmios. O objetivo é possibilitar que um número maior de produtores tenha acesso ao benefício. Atualmente, os percentuais de subvenção variam de 40% a 70% dos prêmios, de acordo com a cultura. No caso do feijão, trigo e milho safrinha a subvenção é de 70% do valor prêmio. O limite anual é de R$ 96 mil por

Luiz Antônio Correia, diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, explica que, além de reduzir o prêmio, o governo pretende direcionar os recursos da subvenção por cultura e por microrregiões importantes na produção agropecuária, onde as perdas por problemas climáticos são recorrentes. Hoje, a distribuição dos recursos depende da atuação das corretoras na captação de clientes. Ele acredita que a mudança possibilitará uma economia de 27% nos gastos com as operações. De acordo com o Ministério da Agricultura, o seguro atinge apenas 10% das lavouras no Brasil. 

Correia afirmou que R$ 90 milhões serão destinados pelo governo na safra atual para subvencionar o prêmio das lavouras de milho safrinha e culturas de inverno, incluindo o trigo. O valor é 50% superior aos R$ 60 milhões destinados na safra passada. Segundo ele, nesta safra a subvenção ao prêmio atingiu R$ 318 milhões, sendo R$ 60 milhões para cobertura da soja e R$ 33,5 milhões para maçã. O Paraná é o principal mercado e concentra de 25% a 30% das subvenções. O orçamento deste ano prevê que serão destinados R$ 400 milhões para subvencionar os prêmios do seguro rural. O valor precisa ser aprovado na Lei Orçamentária Anual.

– A proposta que nós fizemos está muito bem embasada. Foi discutida com a sociedade, com o mercado. Recebemos propostas de representantes dos produtores, políticos que representam o segmento de produtores  – acrescenta Correia.