Não foi difícil encontrar empresários satisfeitos na feira. Principalmente entre as vinícolas brasileiras, que tiveram presença recorde no evento deste ano. Desde 2005, as empresas registravam uma queda nas vendas atrás da outra. A virada começou no ano passado, com aumento de 14% na comercialização de vinhos nacionais.
A Casa Valduga, uma das mais conceituadas vinícolas do país, é um exemplo. Faturou R$ 28 milhões em 2009, R$ 9 milhões a mais que no ano anterior.
Mesmo quem produz em regiões pouco não tradicionais vivem um bom momento. Ricardo Almeida é diretor da vinícola Vale do São Francisco, de Pernambuco. Lá, as vendas também estão em alta.
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Os resultados impressionam ainda mais quando se compara os vinhos nacionais com importados, que sempre dominaram a preferência do consumidor. As vendas do produto de fora cresceram apenas 2% em 2009, mesmo com o dólar baixo.
Porém, para o diretor da importadora Cantu, Peterson Cantu, mais importante do que diferenciar o vinho nacional do importado, é os dois mercados trabalharem juntos para ampliar o consumo da bebida no país.
Para os vinhos brasileiros, a tendência de crescimento permanece. No primeiro trimestre, as vendas aumentaram 1,3%. É o melhor resultado para o período desde 2006.
O bom desempenho não é apenas dos vinhos nacionais. Quem teve o melhor resultado de vendas da história nesse primeiro trimestre foi o espumante. O aumento chegou a 44%, o que surpreendeu o setor, já que os primeiros meses do ano costumam ser de vendas fracas, pois sempre acaba sobrando no mercado produto que foi comprado para as festas de final de ano.
