? É uma jogada de marketing do governo que, sob pressão inflacionária (causada pelos combustíveis), adota medidas para dizer que pode barrar as altas nos preços. Mas todos sabem que essa alta é pontual, gerada pela entressafra e que os preços vão cair logo ? ressaltou.
O deputado, que já foi secretário de Agricultura de São Paulo, considerou a possibilidade da redução da mistura do etanol à gasolina, atualmente em 25%, para 18%, como “um tiro no pé”.
? A redução aumentaria a emissão de poluentes e acentuaria a importação de gasolina, o que significa menos empregos e um descrédito à tecnologia nacional de produção de biocombustíveis, (que é) exemplo mundial ? informou.
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Para o parlamentar, o governo só não reduziu o piso da mistura do anidro à gasolina para menos de 18% porque a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não recomenda essa prática, por conta da ameaça de danos aos motores de veículos brasileiros.
? Se o governo pudesse, baixaria a mistura para bem menos de 18%, mas pelo menos os burocratas seguiram os conselhos dos técnicos ? afirmou.
Nogueira relatou ainda conversa nesta sexta com o presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank, o qual teria confessado que a entidade, representante dos usineiros, não fora informada da edição da MP.
? A Unica foi pega de calças curtas, pois tinha gente em Brasília e a promessa de que seria informada dos detalhes da MP antes da edição, o que não ocorreu. Agora vamos mobilizar as bancadas dos Estados produtores de etanol para tentar derrubá-la quando for votada ? disse.
