Soja na bolsa de Chicago sobe mais de 6% em julho

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Foto: Jonas Oliveira/ANPr

Soja
Os contratos da soja na bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, 28, em alta pelo terceiro dia consecutivo. O mercado reflete as previsões do tempo para o meio-oeste americano, que indica chuvas abaixo do esperado nos próximos dias. O mercado iniciou a última semana em baixa, com boletins indicando boas precipitações, mas a partir da última quarta-feira, 26, as previsões se alteraram e os contratos voltaram a subir, compensando boa parte das perdas iniciais.

Aqui no Brasil essa alta de Chicago foi praticamente neutralizada pelo recuo do dólar. Os preços da soja ficaram mais firmes, mas houve pouco registro de negócios. 

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o vencimento de novembro de 2017 em Chicago teve uma valorização de 6,1% em julho. O mês foi marcado por um volátil “mercado de clima” e a expectativa é que para agosto a bolsa apresente períodos de forte oscilação. Com muita soja na mão, o produtor brasileiro deve aproveitar os períodos positivos para negociar.

Dólar
A moeda norte-americana encerrou a sessão de sexta-feira em queda. O resultado foi influenciado pela divulgação do produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos, que teve alta de 2,6% no segundo trimestre de 2017 em relação aos três meses anteriores. O resultado não veio em linha com a expectativa dos analistas, que acreditavam em uma alta de 2,7%. Outro dado que colaborou com a baixa do dólar no cenário externo foi a revisão do avanço da economia do país (de 1,4% para 1,2%), feita pelo Departamento de Comércio americano. Com isso, o dólar comercial registrou queda de 0,66%, a R$ 3,135 para venda.

Para esta semana o mercado financeiro estará acompanhando, entre outros assuntos, a volta do recesso dos parlamentares e o resultado da votação, na Câmara dos Deputados, da denuncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, prevista para a quarta-feira, dia 03. A divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que dará mais detalhes sobre a visão do Banco Central sobre as taxas de juros do Brasil, também está na agenda.

Milho
Em Chicago o pregão realizado no decorrer da última sexta-feira foi caracterizado pela continuidade do movimento alta entre os principais contratos em vigência. Os modelos climáticos referentes ao cinturão produtivo americano seguem como fator decisivo na formação de tendência de curto e de médio prazo. Os últimos modelos climáticos indicam pouca chuva e temperatura elevada em alguns estados, como Dakota do Sul, Dakota do Norte, Missouri e Kansas.

Além do clima, a expectativa agora gira em torno dos relatório semanais de condição das lavouras e do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na primeira quinzena de agosto.

Aqui no Brasil a colheita atinge 50,7% no Brasil e ainda há grande volume a ser colhido, portanto a tendência de queda nos preço do milho no curto prazo continua. Outro grande entrave neste momento é a pouca disponibilidade de caminhões em algumas regiões do país. A alta dos impostos sobre os combustíveis é fator a ser levado em consideração, já que o custo do frete deve ficar mais caro.

Café
Na bolsa de Nova York (ICE Futures) o café arábica encerrou as operações da sexta-feira com preços mais altos. O mercado permaneceu volátil, com as cotações puxadas pelo aperto na oferta global seguindo um ano de safra pequena no Brasil, maior produtor global.

No mercado interno, o preço do café seguiu firme, após uma forte retração dos vendedores, que vislumbram melhores cotações. Lentamente os exportadores vão corrigindo os níveis de preços e valorizando determinadas qualidades do produto, conforme a necessidade do momento. 

Boi
O mercado voltou a se deparar com uma acomodação nos preços do boi gordo no decorrer da última sexta-feira, mas durante a semana houve menor espaço para queda. A perspectiva é de um ambiente de negócios mais aquecido durante a primeira quinzena de agosto, devido ao pagamento dos salários e também ao dia dos pais, que é um tradicional ponto de aumento do consumo de carne bovina. Quanto aos frigoríficos, as escalas de abate seguem posicionadas entre cinco e sete dias úteis.

Previsão do tempo
Neste início de agosto o tempo deve mudar, com o enfraquecimento de um bloqueio atmosférico no oceano pacífico. A chuva volta para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e faixa central e sul do Paraná. São esperados acumulados entre 30 e 60 milímetros no estado gaúcho no decorrer da próxima semana. Já entre o sul do Mato Grosso do Sul, norte do Paraná, centro-sul de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, o sistema traz mais ventos do que chuva e são esperados acumulados mais baixos.

Sul
O atual bloqueio atmosférico enfraquece e uma frente fria no Uruguai causa instabilidades no sul gaúcho. Chove em forma de pancadas na região, no entanto, essa precipitação é isolada e fraca, e ainda não avança para outras áreas do Rio Grande do Sul. Há apenas aumento da quantidade de nuvens sobre a metade norte do estado até o final do dia, mas ainda com tempo firme. Em Santa Catarina e no Paraná, os ventos de norte continuam favorecendo temperaturas de verão em pleno inverno.

Sudeste
O tempo permanece firme e seco em grande parte da região Sudeste. Entre o oeste de São Paulo e norte mineiro a umidade relativa do ar permanece baixa e há alerta para estado de emergência em algumas localidades. Apenas no Espírito Santo e extremo nordeste mineiro é que ocorrem pancadas de chuva sem grande intensidade, devido aos ventos úmidos que sopram do oceano.

Centro-Oeste
A semana começa mais uma vez com tempo bastante firme e ensolarado no Centro-Oeste. Há aumento das temperaturas pela manhã e a tarde entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas o frio das primeiras horas do dia persiste no Distrito Federal, assim como o extremo leste de Goiás. Já os índices de umidade relativa do ar seguem baixos na maior parte da região.

Nordeste
A chuva segue na costa leste nordestina e extremo noroeste do Maranhão, devido aos ventos úmidos que sopram do oceano, porém sem grande intensidade. Mesmo assim ainda há risco para deslizamentos de terra, principalmente em Pernambuco, devido ao solo já encharcado por causa da chuva dos últimos dias. Já nas demais áreas da região, o tempo segue firme, com temperaturas elevadas e com a umidade relativa do ar baixa.

Norte
Nesta segunda-feira, 31, volta a chover forte no Amazonas, mas na maior parte deste estado o que predomina é o ar seco, que ajuda a baixar o nível dos rios. Já as chuvas continuam nas áreas mais ao norte, entre Roraima e Amapá e o extremo norte do Pará.