A safra brasileira de soja está sendo semeada neste momento, com a cobertura, até o momento, de 2,3% da área estimada de 36,9 milhões de hectares, segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado. Levando em consideração o incremento de 1,5% na área e o clima um pouco mais favorável (se comparado ao ano anterior), a produção prevista para a temporada 2019/2020 pode superar as 125 milhões de toneladas. Um recorde para o país, que de quebra ainda pode assumir o posto de maior produtor mundial de soja, a frente dos Estados Unidos.
“Uma das razões para esse aumento na expectativa do que será colhido é o incremento de área. Sem dúvida. A melhora nos preços internos, dos últimos 2 meses, trouxe mais segurança para os produtores avançarem com a área”, comenta o analista Luiz Fernando Gutierrez.
No relatório anterior, a consultoria previa que a produção brasileira seria de 123 milhões de toneladas em uma área de 36,6 milhões de toneladas. “Claro que ainda estamos no campo das perspectivas e muita coisa pode mudar. Essa é a projeção para este momento, ou seja, é o potencial da safra”, diz Gutierrez.
Segundo ele, a área de soja deverá crescer em praticamente todos os estados produtores e, novamente, deverá acontecer a transferência de algumas áreas de milho para a soja. “A melhor remuneração da oleaginosa também leva à abertura de novas áreas para a soja, mesmo que em um ritmo um pouco menor que nas safras anteriores”, conta.
Destaque para a provável recuperação das produtividades nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul após as fortes perdas registradas na safra 2018/2019. Se isso se confirmar, a briga pelo posto de segundo maior estado produtor de soja do Brasil será acirrada, entre o Paraná e o Rio Grande do Sul, ambos com a perspectiva de colher 19,9 milhões de toneladas.
Mato Grosso segue como principal produtor nacional disparado com a previsão de colher 33,1 milhões de toneladas, enquanto seu vizinho, Mato Grosso do Sul, tem potencial para colher 9,8 milhões de toneladas, ante as 8,7 milhões de 2018.