Soja

Preço da soja no porto de Paranaguá atinge R$ 97 por saca

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Ivan Bueno/APPA

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça, dia 11, com preços em baixa. A melhora nas condições das lavouras dos Estados Unidos reforçou o sentimento de uma safra recorde no país, o que deve ser confirmado no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será liberado hoje, dia 12, e pressionou o mercado.

Segundo a Safras & Mercado, analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o órgão norte-americano indicará safra de 126,8 milhões de toneladas. No relatório anterior, a estimativa era de 124,8 milhões de toneladas. A produção  dos EUA ficou em 119,5 milhões de toneladas na temporada passada.

Para os estoques finais americanos em 2018/2019, o mercado aposta em número de 22,75 milhões de toneladas, contra 21,36 milhões projetados relatório de agosto. Para 2017/2018, o mercado trabalha com previsão passando de 11,702 milhões para 11,376 milhões de toneladas.

Os estoques globais para 2017/18 deverão ser cortados de 95,6 milhões para 95,2 milhões de toneladas. Para 2018/2019, a aposta é de um número próximo a 107,5 milhões, contra 105,9 milhões de toneladas do relatório de agosto.

Segundo o USDA, até 9 de setembro, 68% estavam entre boas e excelentes condições, 22% em situação regular e 10% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, os números eram de 66%, 23% e 11%, respectivamente.

Nos subprodutos, a posição outubro do farelo fechou com ganho de US$ 2,10 (0,66%), sendo negociada a US$ 314,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em outubro fecharam a 27,82 centavos de dólar, com baixa de 0,28 centavo ou 0,99%.

Brasil

Os preços subiram de forma geral nas principais praças, seguindo a forte valorização do dólar e apesar do recuo consistente de Chicago. A queda no exterior evitou uma melhora acentuada na movimentação.

Registro de negócios envolvendo 100 mil toneladas no Paraná, 60 mil no Rio Grande do Sul e 15 mil toneladas no Mato Grosso. No Mato Grosso do Sul, em Goiás e Minas Gerais houve negócios de 10 mil toneladas em cada estado.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 88
  • Cascavel (PR): R$ 90
  • Rondonópolis (MT): R$ 80
  • Dourados (MS): R$ 82,50
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 97
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 95
  • Porto de Santos (SP): R$ 95
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 94
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

  • Novembro/2018: US$ 8,31 (-13,50 cents)
  • Janeiro/2019: US$ 8,45 (-13,50 cents)

Milho

Em Chicago, o milho também fechou com preços mais baixos. Em sessão volátil, o mercado se posicionou frente ao relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado amanhã. Nem mesmo o anúncio de uma venda por parte de exportadores privados norte-americanos foi capaz de trazer suporte às cotações.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao órgão a venda de 138 mil toneladas de milho à Coreia do Sul, com entrega na temporada 2018/2019. Toda operação envolvendo a venda de volume igual ou superior a 100 mil toneladas do grão, feita para o mesmo destino e no mesmo dia tem que ser reportada ao USDA.

Mercado interno

O mercado brasileiro fechou preços fracos, de estáveis a moderadamente mais baixos. O analista de Safras & Mercado Paulo Molinari observa que o mercado vem demonstrando-se mais ofertado, mas ainda sem grandes mudanças nas cotações.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 44
  • Paraná: R$ 37
  • Campinas (SP): R$ 41,50
  • Mato Grosso: R$ 30
  • Porto de Santos (SP): R$ 43
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 42
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 42
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

  • Dezembro/2018: US$ 3,66 (-50 cents)
  • Março/2019: US$ 3,78 (-75 cents)

Boi

O mercado do boi gordo segue com preços em alta, mesmo com na segunda-feira, dia normalmente mais parado. Segundo a Scot Consultoria, das trinta e duas praças pesquisadas, houve valorização em dezessete delas, considerando as cotações do boi gordo a prazo, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).

O consumo mais aquecido no início do mês e a oferta restrita de boiadas fazem com que os frigoríficos tenham que sair às compras com mais afinco a fim de atender a demanda.

Em São Paulo, por exemplo, a arroba do boi gordo subiu 0,3% frente ao fechamento da semana anterior, considerando as cotações a prazo. Vale destacar que no estado, desde o início do segundo semestre, enquanto a valorização da arroba do boi gordo foi de 6,1%, o preço do boi casado de animais castrados subiu 8,6%, ou seja, as indústrias vêm conseguindo repassar as altas.

Outra região que merece destaque é o Pará. No estado, houve alta nas três praças pesquisadas no fechamento da segunda-feira e há negócios ocorrendo acima da referência. Nos últimos trinta dias, na média do estado, o preço da arroba do boi gordo subiu 4,4%.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

  • Araçatuba (SP): R$ 147,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 143
  • Goiânia (GO): R$ 135
  • Dourados (MS): R$ 141
  • Mato Grosso: R$ 127 a R$ 128,50
  • Marabá (PA): R$ 132,50
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,35 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 146
  • Sul (TO): R$ 133
  • Veja a cotação na sua região

Café

Dia de preços em baixa para o café no Brasil. As cotações cederam diante da queda de Nova York, e nem a alta do dólar evitou as perdas. Foi uma terça travada na comercialização. Apenas algumas cooperativas vieram para o mercado e mesmo assim dosaram a oferta, diante das bases fracas nos preços. Somente os produtos mais finos não mexeram nos valores para baixo por conta da demanda, enquanto os cafés médios e fracos cederam.

Nova York

Os preços do café arábica caíram novamente na Bolsa de Nova York, com a alta do dólar contra o real pressionando as cotações. Entretanto, mais uma vez a bolsa encontrou suporte na linha de US$ 1,00 a libra-peso. “Nos últimos dias, quando cai, o mercado não rompe essa linha. Isso mostra que abaixo destes níveis parece um movimento negativo exagerado, que já está precificado uma ampla oferta global com produção recorde no Brasil”, diz Lessandro Carvalho, da Safras & Mercado.

Segundo ele, o motivo das quedas nesta terça é a valorização do dólar frente ao real, o que aumenta a competitividade do produto brasileiro internacionalmente.

Quanto aos estoques certificados de café nos armazéns credenciados da Bolsa de NY na posição de 11 de setembro de 2018, estão em 2.275.034 sacas de 60 quilos, com alta de 11.245 sacas em relação ao dia anterior.

Londres

O café robusta encerrou as operações na Bolsa de Londres sem grandes mudanças nas cotações. Assim como para o arábica em NY, a sessão para o robusta em Londres foi muito volátil com o mercado buscando um melhor direcionamento.

A valorização do petróleo deu sustentação ao mercado. Entretanto, a alta do dólar contra o real no Brasil pressionou o arábica em NY e também o robusta londrino, e o mercado acabou tendo um dia de indefinição.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 420 a R$ 425
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 355 a R$ 360
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 312 a R$ 317
  • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

  • Dezembro/2018: US$ 100,45 (-80 cents)
  • Março/2019: US$ 103,85 (-80 cents)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

  • Setembro/2018: 1.544 (+US$ 7)
  • Novembro/2018: 1.478 (+US$ 1)

Dólar e Ibovespa

Depois de três pregões em baixa, a cotação da moeda norte-americana fechou em alta de 1,48%, valendo R$ 4,1542 para venda, o segundo maior patamar desde janeiro de 2016. Nos três pregões em baixa, o dólar acumulava um recuo de 1,44%. O Banco Central manteve os leilões tradicionais de swaps cambiais, sem efetuar nenhuma oferta extraordinária de venda futura do dólar.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão de hoje em queda de 2,33%, com 74.656 pontos. O volume negociado chegou a R$ 9,3 bilhões.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 12

Sul

Do litoral norte do Rio Grande do Sul ao leste de Santa Catarina, inclusive na região metropolitana de Curitiba, o tempo segue instável e com possibilidade de chuva a qualquer hora do dia. Nas demais áreas, o sol predomina durante o dia e faz calor à tarde.

À noite, porém, instabilidades avançam da Argentina para o oeste do RS e provocam chuva. Como estas instabilidades encontram uma atmosfera bem quente, há condição para precipitações fortes, com trovoadas e ventos de mais de 50 quilômetros por hora.

Sudeste

Áreas próximas ao litoral seguem com mais nebulosidade, enquanto o interior tem predomínio de sol. Desta vez, chove fraco também no litoral paulista e as precipitações seguem intermitentes entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

Na Grande São Paulo, Vale do Paraíba e centro- sul de Minas Gerais, há formação de pancadas de chuva no final da tarde, com forte intensidade, mas de forma rápida e isolada.

Centro-Oeste

Continua muito seco na quarta-feira. Com o sol predominante, as temperaturas sobem muito rápido e faz bastante calor. Porém, a situação da umidade relativa do ar segue crítica, com toda a região em atenção (índices abaixo de 30%), muitas cidades em alerta (índices abaixo de 20%) e até mesmo municípios entrando em estado de emergência (12%). Como consequência, as queimadas se espalham e o risco para incêndios – inclusive urbanos – é elevado.

Nordeste

O ar seco e quente continua sobre o interior da região, garantindo mais um dia de sol e calor, mas com umidade baixa no período da tarde.

Só chove em pontos do sul da Bahia, no Maranhão e entre Alagoas, Pernambuco e Paraíba, de forma rápida.

Norte

As chuvas atingem Roraima, Amapá e grande parte do Amazonas e do Pará. Não chove do Acre ao Tocantins.

Os termômetros ficam elevados em toda a região, com máximas beirando os 40°C no Tocantins. Alerta para a umidade do ar, que segue baixa no estado tocantinense. Palmas pode entrar em alerta de novo, com menos de 20%.