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Soja: Chicago opera com ganhos moderados, buscando recuperação técnica

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 5,50 centavos de dólar, ou 0,47%, a US$ 11,59 1/4 por bushel

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Foto: Mauro Osaki/Cepea

Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado busca um movimento de recuperação técnica, após registrar quatro pregões de quedas consecutivas. A reação é sustentada pelo avanço do petróleo em Nova York. Até o momento, a posição maio/24 ainda acumula 2% de perdas em relação a semana anterior.

Por outro lado, o quadro fundamental segue baixista. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revelou que os estoques de passagem no país estão além das expectativas, juntamente com projeções otimistas para a safra sul-americana.

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O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. Os números foram mantidos na comparação com março.

Os estoques finais estão projetados em 340 milhões de bushels ou 9,25 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 319 milhões de bushels ou 8,68 milhões de toneladas. Em março, a estimativa era de 315 bilhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 396,73 milhões de toneladas. Em março, a previsão era de 396,85 milhões. Os estoques finais foram reduzidos de 114,3 milhões para 114,2 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,6 milhões de toneladas.

Os contratos com entrega em maio de 2024 estão cotados a US$ 11,61 1/2 por bushel, alta de 2,25 centavos de dólar, ou 0,19%, em relação ao fechamento anterior.

Ontem (11), a soja fechou com preços mais baixos. Foi a quarta sessão consecutiva de perdas, em dia de avaliação dos números do USDA.

O Departamento indicou estoques de passagem americanos acima do esperado e projeções elevadas para a safra sul-americana. Com isso, adicionou mais fatores de pressão ao cenário fundamental baixista.

Os agentes seguem tentando entender a divergência entre as estimativas do USDA para a produção do Brasil e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e demais consultorias privadas. Hoje, por exemplo a Conab cortou para 146,5 milhões de toneladas a sua estimativa, 8,5 milhões abaixo do número do USDA.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 5,50 centavos de dólar, ou 0,47%, a US$ 11,59 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 11,72 1/2 por bushel, com perda de 5,50 centavos ou 0,46%.