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Soja: chuvas aliviam um pouco, mas não devem evitar perdas no RS

Por lá, apenas 13% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos afirma o relatório da Emater-RS. Confira a condição em várias regiões!

safra soja RS
Foto: Aprosoja-RS

A semeadura da soja nos 5,9 milhões de hectares do Rio Grande do Sul finalmente foi concluída, afirma a Emater/RS. Em todas as regiões acompanhadas pela entidade, há relatos de perda de produtividade, plantas com desenvolvimento aquém do normal e, algumas, até replantio.

Do total das lavouras implantadas, 48% se encontram na fase de desenvolvimento vegetativo, 39% em floração e 13% na fase de enchimento de grãos. Confira abaixo a condição em cada região!

Santa Rosa

A implantação da cultura está praticamente concluída, que corresponde a 11,8% da área de soja no Estado. O desenvolvimento das lavouras ainda é satisfatório, mesmo com as condições de falta de umidade e de altas temperaturas nas últimas duas semanas.

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“As chuvas ocorridas recuperaram parcialmente as lavouras, apesar de já haver perdas, sobretudo nas Missões. As temperaturas elevadas no início da semana, associadas à menor quantidade de água no solo, favoreceram o murchamento da parte aérea das plantas. Após a chuva, houve recuperação das plantas e incremento de folhas e ramos em todas as lavouras da região”, diz a entidade.

Ijuí

Com o retorno da umidade no solo, houve melhora no desenvolvimento das lavouras. Nos plantios com variedades de hábito indeterminado, o retorno das chuvas influenciou a emissão de folhas novas, de ramos laterais e o aumento da floração.

“Em geral, as plantas apresentam tamanho menor que o ideal, com índice foliar abaixo do esperado e potencial produtivo comprometido devido à estiagem. Os índices de redução do potencial produtivo são diferentes conforme a localização das lavouras na região, o período de semeadura e o ciclo das cultivares. As lavouras implantadas no final de outubro são as mais prejudicadas, e no Corede Alto Jacuí é onde se identificam as maiores reduções de produtividade.”

Soledade

Choveu em toda a região com volumes que variaram de 20 a 65 milímetros, e a cultura vem recuperando o crescimento e o desenvolvimento. A maior parte da área cultivada na região foi semeada em novembro e essas lavouras estão fechando as entrelinhas e iniciando o florescimento.

“Em geral, a altura de plantas está abaixo do normal para a época. Em avaliações realizadas nas grandes áreas de produção em Pantano Grande, Rio Pardo e Encruzilhada do Sul, nota se expressivas áreas com falhas de plantas, decorrentes da semeadura em solo com umidade insuficiente para viabilizar as etapas de germinação, emergência e desenvolvimento vegetativo inicial da cultura”, conta a Emater.

Erechim

As lavouras estão nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. As chuvas ocorridas na semana regularizaram a disponibilidade hídrica para a cultura; as lavouras reagiram, apresentando bom aspecto e poucos sintomas de ataque de insetos ou doenças.

Lajeado

Com a estiagem, a cultura se ressentiu, mas a partir das últimas chuvas, houve melhora do quadro. A manutenção do regime de chuvas poderá minimizar as perdas que já são evidentes.
Em Colinas, onde foram semeados 3.600 hectares de soja, maior área de cultivo no Vale do Taquari, as lavouras estão 100% implantadas, e encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo.

“As implantadas no período em que houve estiagem sofreram com a falta de umidade no solo, mas se beneficiaram com o retorno da chuva, visto que a cultura está na fase inicial de implantação e desenvolvimento vegetativo. Caso persista a situação, poderá haver agravamento de perdas. Já em Cruzeiro do Sul, segunda maior área de cultivo com 2.700 hectares semeados, houve uma diminuição de 10% da área plantada em virtude das condições adversas no momento de plantio, seguidas de estiagem pós-implantação (dezembro-janeiro). As últimas chuvas ocorridas (dias 10 e 15) revigoraram as lavouras e permitiram que alguns produtores realizam o plantio da safrinha.

Frederico Westphalen

Por lá, 40% das lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo, 30% em floração, 25% em enchimento de grãos e 5% já entraram na fase de maturação. As últimas chuvas favoreceram as plantas, que já apresentam redução no potencial produtivo, principalmente em áreas com dificuldade de reter a umidade no solo. O retorno da umidade também favoreceu a realização de tratos culturais pelos produtores.

Passo Fundo

Lá, 69% da cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 25% em florescimento e 6% em enchimento de grãos. Os produtores monitoram pragas e doenças e, nos casos identificados, são realizados tratamentos. Após as chuvas, as plantas responderam positivamente, retomando o ciclo de desenvolvimento

Bagé

As precipitações abrangentes e com volumes significativos beneficiaram as lavouras, principalmente as que se encontram na fase de florescimento (20%). O estado fitossanitário é bom.

“Em Manoel Viana, as lavouras em florescimento e enchimento de grãos foram as mais prejudicadas pela falta de chuva e por temperaturas muito altas; em particular, nas áreas com solos arenosos onde houve inclusive mortalidade de plantas. As lavouras estão em recuperação após as chuvas”, conta.

Na região de Pelotas, a cultura da soja encontra-se predominantemente na fase de emergência e desenvolvimento vegetativo (60%); as outras fases são florescimento (30%) e enchimento de grãos (10%). As chuvas ocorridas com regularidade, embora não sejam suficientes, têm possibilitado baixo índice de perdas até o momento.

Na de Caxias do Sul, a soja é a cultura menos afetada dela deficiência hídrica. As chuvas periódicas, associadas à redução da temperatura e da alta intensidade da insolação, têm permitido recuperar as lavouras, principalmente as que estão no estádio de florescimento e início de enchimento de grãos.

Santa Maria

O plantio está finalizado, de acordo com o final do período recomendado pelo zoneamento agrícola de risco climático. Foi realizado replantio em muitas lavouras com problemas de germinação e morte de plântulas.

“Há áreas com desuniformidade e baixo estande de plantas, o que acarreta em perdas na produtividade. O déficit hídrico afetou principalmente as lavouras que se encontravam nas fases de floração e enchimento de grãos no período da segunda quinzena de novembro e durante dezembro. A magnitude das perdas no potencial produtivo da cultura dependerá do comportamento do tempo até o encerramento do ciclo.”

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