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Soja: clima no Brasil e demanda fraca nos EUA pressionam Chicago, que fecha em baixa

Sentimento do mercado é de que melhora na produção da Argentina, Uruguai e Paraguai devem mais que compensar uma provável quebra no Brasil

Produtor de soja Bahia
Foto: Envato

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam esta quinta-feira (4) com preços mais baixos.

Após a reação técnica desta quarta (3), o mercado voltou a sentir a pressão exercida pela melhora das condições climáticas no Brasil. A demanda enfraquecida pela soja americana completou o cenário baixista para os preços.

Veja como fecharam as cotações da soja em Chicago hoje

  • Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 9,50 centavos ou 0,74% a US$ 12,67 1/2 por bushel.
  • A posição maio teve cotação de US$ 12,76 1/2 por bushel, com perda de 8,50 centavos ou 0,66%.
  • A posição março do farelo fechou com baixa de US$ 4,20 ou 1,10% a US$ 376,20 por tonelada.
  • No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 48,16 centavos de dólar, com baixa de 0,44 centavo ou 0,90%.

Perspectivas

Com as recentes chuvas, o sentimento é de que as perdas de rendimento da soja no Brasil foram estancadas. A produção deve ser menor que a esperada inicialmente, mas ainda assim cheia.

Além disso, a melhora na produção da Argentina, Uruguai e Paraguai devem mais que compensar uma provável quebra no Brasil.

Nos Estados Unidos, traders notam uma perda de ritmo nas vendas americanas de soja. Com cotações mais competitivas no Brasil, os compradores chineses voltam seu interesse para o mercado sul-americano.