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Soja: Imea corta projeção para safra 22/23 de MT devido a problemas climáticos

Informação vem do quarto levantamento de 2022 para a oferta e demanda da oleaginosa no estado

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Produção de soja. Foto: CNA/Divulgação

O quarto levantamento de 2022 para a oferta e demanda de soja em Mato Grosso, feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), trouxe ajustes nas safras 21/22 e 22/23.

A oferta da safra 21/22 permanece consolidada em 41,27 milhões de toneladas, pautado pelo acréscimo de 9,66% na área de soja e a confirmação de uma maior produtividade observada em relação à temporada passada, o que impulsionou o aumentou de 13,32% na produção no estado.

Em relação à demanda da safra 2021/22, com o escoamento da soja até o mês de novembro apresentando recorde para a série histórica da Secex e superando o total enviado em 2021, a expectativa para a exportação até o final da safra avançou 0,21% em relação ao relatório anterior, ficando estimada em 24,53 milhões de toneladas.

Já o consumo no estado exibiu incremento 3,95% nesta estimativa, previsão de 11,19 milhões de toneladas, reflexo do ritmo acelerado nas exportações do farelo e do óleo de soja. Para o mercado interestadual, a estimativa recuou 3,23% ante ao relatório passado, projetado em 4,80 milhões de toneladas.

Por fim, como o ritmo da comercialização da soja apresentou um maior volume de negócios no mês de novembro, devido à necessidade de abrir espaço nos armazéns, isso refletiu na estimativa de estoques finais, que exibiu recuo de 29,71% no comparativo com o relatório passado, ficando previsto em 0,75 milhão de toneladas.

Produção e produtividade reduzidas

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Foto: Wenderson Araujo-Trilux/CNA

No que tange à safra 2022/23, com os problemas climáticos vistos no mês de novembro em algumas regiões do estado, a produtividade aguardada para a temporada foi reduzida e a produção recuou 0,85% ante ao relatório anterior. Desse modo, a oferta de soja apresentou queda de 1,49% ante a previsão anterior, ficando estimada em 42,21 milhões de toneladas.

Em relação à demanda, a projeção de exportação reduziu 1,00% ante à estimativa de outubro, com a previsão de que sejam enviados ao exterior 25,63 milhões de toneladas. No cenário nacional, o consumo interestadual permaneceu projetado em 5,00 milhões de toneladas, incremento de 4,17% ante a safra passada e o mercado segue atento quanto a expectativa de maior demanda interna, dado as condições das lavouras de soja de outros estados, principalmente na região sul do país, devido às condições climáticas adversas.

Por fim, com a redução na produção, os estoques finais apresentaram corte de 62,97% em relação à projeção anterior, projetado em 0,28 milhão de toneladas.