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Soja, milho e café caem no Brasil; veja notícias desta terça-feira

Enquanto isso, a curva do mercado futuro do boi gordo deu sinal de novas altas

  • Boi: arroba volta a subir na B3
  • Milho: indicador do Cepea recua e volta a ficar próximo de R$ 97 por saca
  • Soja: cotações caem seguindo baixa em Chicago
  • Café: preços seguem fracos no Brasil com nova queda em Nova York
  • No Exterior: mercados globais têm cautela após anúncio de imposto global
  • No Brasil: bolsa sobe pelo oitavo dia consecutivo e bate novo recorde

Agenda:

  • Brasil: IGP-DI de maio (FGV)
  • Brasil: dados de abates trimestrais da pecuária brasileira (IBGE)
  • EUA: balança comercial de abril

Boi: arroba volta a subir na B3

A arroba do boi gordo negociada na B3 voltou a subir no início da segunda semana de junho. Apenas a ponta mais curta, o contrato para junho, teve um leve recuo na curva futura. O vencimento mais curto passou de R$ 322,05 para R$ 321,75, o para outubro subiu de R$ 335,50 para R$ 337,15, e o para novembro, de R$ 335,80 para R$ 337,45 por arroba.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada tiveram forte aceleração na primeira semana de junho. Considerando a média por dia útil, foram exportadas 8,1 mil toneladas, uma alta de 34,2% em relação à última semana de maio.

Milho: indicador do Cepea recua e volta a ficar próximo de R$ 97 por saca

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -1,61% em relação ao dia anterior e passou de R$ 98,63 para R$ 97,04 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 23,38%. Em 12 meses, os preços alcançaram 104,17% de valorização.

Na primeira semana de junho, as exportações brasileiras de milho seguiram em ritmo bastante enfraquecido, sendo que apenas após a chegada da safrinha, o volume deve aumentar. Foram embarcadas apenas 710,7 toneladas em comparação a 1,37 mil toneladas na última semana do mês anterior.

Soja: cotações caem seguindo baixa em Chicago

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações da soja nas praças brasileiras tiveram dois momentos distintos no início da semana. Na abertura do dia, altas foram observadas seguindo a valorização verificada em Chicago. Porém, na parte da tarde, com o recuo na bolsa norte-americana, as cotações caíram no Brasil.

Os embarques brasileiros de soja ao exterior foram de 2,47 milhões de toneladas na primeira semana de junho. Considerando a média por dia útil, já que foram apenas três dias neste começo de mês, o volume exportado foi de 824,8 mil toneladas, um número 5,6% acima do registrado na última semana de maio e 35,94% acima do observado em junho de 2020.

Café: preços seguem fracos no Brasil com nova queda em Nova York

O indicador do café arábica do Cepea teve um dia de baixa dos preços e recuou pelo terceiro dia consecutivo. A cotação variou -1,27% em relação ao dia anterior e passou de R$ 880,18 para R$ 868,97 por saca. Apesar disso, no acumulado do ano, o indicador valorizou 43,23%. Em 12 meses, os preços alcançaram 83,78% de alta.

Em Nova York, os contratos futuros do café arábica recuaram 0,93%, mas conseguiram se manter acima do nível de US$ 1,60 por libra-peso. O vencimento para julho passou de US$ 1,6165 para US$ 1,6015 por libra-peso. Com a falta de novidades em relação ao cenário macro de oferta e demanda, o mercado aproveitou para realizar lucros.

No exterior: mercados globais têm cautela após anúncio de imposto global

As bolsas internacionais tiveram desempenho misto no primeiro dia de operação após os ministros das Finanças dos países que formam o G7 fecharem um acordo para a criação de imposto global para as grandes empresas. Pelo anúncio, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Estados Unidos, Japão e Canadá se comprometeram a defender o acordo durante a reunião do G-20, que será realizada em julho em Veneza, na Itália.

Outra declaração que afetou o desempenho dos mercados foi a entrevista da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, em que ela diz que juros mais altos seriam positivos para a sociedade norte-americana e para o Banco Central do país. Foi a primeira vez que Yellen defendeu a alta dos juros dentro do debate atual de aceleração da inflação global.

No Brasil: bolsa sobe pelo oitavo dia consecutivo e bate novo recorde

A bolsa brasileira subiu pelo oitavo dia consecutivo e registrou um novo recorde. O índice Ibovespa chegou até mesmo a superar os 131 mil pontos na máxima do dia. No fechamento, o Ibovespa teve valorização de 0,50% e ficou cotado em 130.776 pontos. Se nesta terça-feira, 8, a bolsa alcançar o nono dia consecutivo de alta, seria a primeira vez desde 2018 que atingiria tal marca positiva.

Enquanto isso, o dólar comercial ficou praticamente estável na comparação diária. A moeda norte-americana subiu 0,03% e terminou o dia cotada a R$ 5,037. Na agenda econômica de hoje, o destaque será a divulgação do IGP-DI de maio. O indicador tem sido bastante impactado pelo aumento da inflação de commodities agrícolas e metálicas desde o ano passado.