PRIORIDADE NO PLANTIO

Soja: plantio da safra 2023/24 atinge 40% da área no Brasil, aponta Conab

Área plantada é 7,6% menor frente ao mesmo período do ano passado; recuo é acompanhado de negócios lentos no Brasil hoje (31)

planta de soja brotando em meio a grãos
Foto: Envato/Divulgação

O plantio da safra 2023/24 de soja atingiu 40% da área no Brasil, conforme apontou relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 29 de outubro. Na semana passada, a semeadura atingia 28,4% da área. Em igual período do ano passado, os trabalhos de plantio atingiam 47,6% da área.

Cenário da soja nesta terça-feira (31)

O cenário é negativo para os negócios com soja nesta terça no mercado brasileiro. O dólar registra queda frente ao real e os contratos futuros operam perto da estabilidade, ainda no negativo. Os produtores monitoram o clima e priorizam o plantio da safra.

O mercado iniciou a semana com poucos negócios. Os preços domésticos ficaram mistos na segunda-feira (30). Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 144 para R$ 142. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 143 para R$ 140 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 153 para R$ 152.

Em Cascavel, no Paraná, o preço diminuiu de R$ 133,50 para R$ 133 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 143,50 para R$ 143.

Em Rondonópolis (MT), o valor subiu de R$ 124,00 para R$ 125,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 125,50 para R$ 124,50. Em Rio Verde (GO), a saca caiu de R$ 127,00 para R$ 125,00.

Soja em Chicago

Os contratos com vencimento em janeiro operam com baixa de 0,01%, cotados a US$ 13,07 por bushel.

O mercado mantém o tom negativo das últimas sessões, à medida que as chuvas no Brasil e na Argentina diminuem as preocupações com a oferta global.

O avanço da colheita dos Estados Unidos, de acordo com a expectativa dos analistas, mas acima da média, completa o quadro negativo.

Por outro lado, limita uma maior queda o cenário internacional favorável, com o petróleo subindo em Nova York e a desaceleração do dólar frente a outras moedas correntes.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou ontem relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de soja. 

Até 29 de setembro, a área colhida estava apontada em 85%. Na semana passada, eram 76%. A expectativa do mercado era de exatos 85%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 87%. A média é de 78%.

Cotações FOB

As cotações FOB da soja recuaram na segunda-feira nos portos brasileiros, pressionadas pelo recuo dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os prêmios pouco se alteraram em mais um dia de pouca atividade. Os produtores monitoram o clima e o avanço do plantio.

Os prêmios de exportação da soja estavam em 10 a 40 sobre Chicago no final da segunda no Porto de Paranaguá, para novembro. Para fevereiro de 2024, o prêmio era de -80 a -55. Para março de 2024, o prêmio estava em -110 a -80 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

O preço FOB (flat price) para fevereiro ficou entre US$ 456,40 e US$ 469,70 a tonelada na segunda-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 460,50 e R$ 465,60.

*Sob supervisão de Henrique Almeida


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