Soja

Soja: preço sobe em Chicago com repasse de recursos a produtores dos EUA

Governo norte-americano tem ajudado produtores em meio à guerra comercial. Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

soja dólar
Foto: montagem/Canal Rural

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira, dia 18, com preços mais altos. Ainda sem novas vendas de soja americana para a China, o mercado foi sustentado pelo repasse de recursos financeiros para compensação aos produtores dos Estados Unidos.

O presidente Donald Trump anunciou, na segunda, uma nova rodada de compensações financeiras a produtores norte-americanos. A guerra comercial entre o país e a China causou perdas aos produtores. Com o novo montante, o total de pagamentos por commodities a produtores chega a US$ 9,6 bilhões.

Importadores chineses compraram uma quantidade não especificada de soja dos Estados Unidos nesta terça, nos primeiros grandes negócios depois de terem contratado mais de 1,5 milhão de toneladas em embarques norte-americanos na semana passada, disseram três operadores com conhecimento dos acordos.

Uma representante do Conselho de Exportação de Soja dos EUA também confirmou as novas compras, citando três fontes na China, mas não soube dizer qual foi o volume dos negócios.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 9,07 (+3 cents)
  • Março/2019: US$ 9,20 (+2,75 cents)

Brasil

O mercado interno apresentou mais um dia de poucos negócios, sem alterações nos preços. Chicago e dólar subiram moderadamente, sem motivar os produtores a voltarem ao mercado.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 79,50
  • Cascavel (PR): R$ 73,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 76
  • Santos (SP): R$ 81,50
  • Paranaguá (PR): R$ 80
  • Rio Grande (RS): R$ 81
  • São Francisco (SC): R$ 81,50
  • Confira mais cotações

Milho

A Bolsa de Chicago fechou com preços mais altos. Em sessão marcada por volatilidade, o mercado buscou suporte na vizinha soja, em meio à notícia de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve pagar a segunda parcela de compensações aos produtores e pecuaristas do país.

A expectativa de compras da de milho norte-americano por parte da China também favoreceu os ganhos.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Março/2019: US$ 3,85 (+1,50 cent)
  • Maio/2019: US$ 3,93 (+1,75 cent)

Brasil

O mercado manteve preços estáveis e atenções voltadas para o quadro climático brasileiro. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a situação permanece complicada no oeste do Paraná e na região sul do Mato Grosso do Sul. A expectativa é de alguma quebra nessas regiões.

Para o primeiro bimestre, a tendência é de priorizar o escoamento da safra de soja, deixando a comercialização de milho em segundo plano, comenta.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Rio Grande do Sul: R$ 38
  • Paraná: R$ 33
  • Campinas (SP): R$ 39,50
  • Mato Grosso: R$ 21
  • Porto de Santos (SP): R$ 38
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
  • Porto de São Francisco (SC): R$ 37,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Café

O mercado brasileiro teve um dia de lentidão, mantendo negócios travados, diante de mais uma queda do arábica na Bolsa de Nova York. Os produtores estão afastados e sem interesse pelos atuais níveis de preços. As festividades de final de ano também tornam ainda mais morosas as negociações, com agentes ficando fora de atividade.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 410 a R$ 415
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 415 a R$ 420
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 335 a R$ 340
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 295 a R$ 300
  • Confira mais cotações

Nova York

O arábica encerrou com preços mais baixos. O mercado caiu e rompeu a importante linha técnica e psicológica de US$ 1 a libra-peso. A ampla oferta global segue pesando sobre as cotações, com informações mostrando uma safra brasileira de 2018 ainda maior que a anteriormente estimada. A forte queda do petróleo contribuiu para a pressão sobre as cotações.

A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgou estimativa elevando a projeção da safra brasileira de café de 2018. Anteriormente, a entidade esperava uma safra de 59,9 milhões de sacas, e agora trabalha com 61,7 milhões de sacas, com incremento de 37,1% contra a safra de 2017, indicada em 45 milhões de sacas. A produção de arábica está estimada em 47,5 milhões de sacas, com aumento de 38,6% contra 2017 (34,2 milhões de sacas).

As perdas foram limitadas por fatores técnicos, com o mercado encontrando suporte técnico na linha próxima a US$ 1 a libra-peso.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US¢ 99,40 (-0,70 cent)
  • Maio/2019: US¢ 102,65 (-0,70 cent)

Bolsa de Londres

O café robusta encerrou as operações com preços mais altos. Segundo traders, o mercado deu sequência aos ganhos da sessão anterior. Após 13 sessões seguidas de perdas, Londres teve uma alta nesta segunda-feira, mas segue ainda bem sobrevendida.

Fatores técnicos determinaram o movimento de compras e cobertura de posições vendidas.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.458 (+US$ 8)
  • Março/2019: US$ 1.487 (+US$ 9)

Boi gordo

As valorizações da arroba do boi gordo ficaram por conta das praças pecuárias onde os frigoríficos não conseguiram alongar as escalas de abate e abastecer os estoques para o aumento do consumo esperado para a próxima semana. “Isso por conta da oferta controlada de boiadas dessas regiões”, explica a Scot Consultoria.

No norte de Mato Grosso, por exemplo, a alta foi de R$ 1 por arroba na comparação dia a dia e as escalas de abate giram em torno de três dias.

Em regiões onde as escalas de abate estão confortáveis, as indústrias aproveitaram para oferecer preços menores.

Em Dourados (MS), a queda foi de 0,7% frente ao levantamento anterior e as escalas de abate atendem a primeira semana de janeiro.

No mercado atacadista, os preços se mantêm estáveis e a margem de comercialização dos frigoríficos que desossam está em 22,2%, acima da média histórica.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 150,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 146
  • Goiânia (GO): R$ 138
  • Dourados (MS): R$ 142
  • Mato Grosso: R$ 131 a R$ 135,5
  • Marabá (PA): R$ 133
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,90 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 151
  • Paragominas (PA): R$ 138
  • Tocantins (sul): R$ 136
  • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana voltou a subir nesta terça, dia 18, um dia após a intervenção do Banco Central segurar uma sequência de alta. O dólar encerrou o pregão valorizado em 0,17%, vendido a R$ 3,9011.

Na segunda, o BC realizou leilões extraordinários de venda futura da moeda para segurar a cotação do dólar abaixo de R$ 3,90, com encerramento do pregão em R$ 3,8962.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em alta hoje com 0,24%, com 86.610 pontos. Os papéis da Petrobras encerram em baixa de 3,80%, com as demais ações seguindo a tendência de alta com Vale com mais 0,37%, Itaú valorizada em 1,59% e Bradesco com alta de 1,86%.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 19

Sul

A combinação de fortes ventos em altos níveis da atmosfera mais a circulação dos ventos na costa mantém o tempo instável na maior parte da região Sul na quarta-feira. Há previsão de bons acumulados de chuva para a metade sul gaúcha.

Grande parte do Sul fica com possibilidade para pancadas de chuva forte, com risco de granizo e ventos intensos (superiores aos 80 km/h, principalmente nas áreas costeiras).

As temperaturas seguem elevadas em grande parte da região. Apenas no sul gaúcho o tempo fica mais fechado, e por isso as temperaturas são amenas.

Sudeste

Pode chover com maior intensidade no período da tarde em áreas do centro-leste mineiro, sul do Rio de Janeiro e leste paulista. Principalmente por causa do calor e umidade presentes na região. Não se descarta o risco de queda de granizo nessas áreas.

Já entre o norte fluminense, Espírito Santo e centro-norte de Minas Gerais, o sol predomina entre poucas nuvens.

Centro-Oeste

Áreas de instabilidade associadas a umidade e calor presentes na atmosfera mantêm a condição para pancadas de chuva na maior parte do Centro-Oeste. Apenas entre Goiás e o norte de Mato Grosso do Sul, a expectativa é de tempo firme.

As chuvas mais expressivas ocorrem entre o norte e oeste de Mato Grosso. Já em Mato Grosso do Sul, se chover, será de forma mais pontual e sem grandes acumulados.

Nordeste

Quarta-feira de pancadas no norte e no leste nordestino, por conta da circulação dos ventos na costa. Já entre a Bahia, Sergipe, sul do Maranhão e Piauí, o tempo segue firme e ensolarado. O calor predomina mais uma vez.

Norte

Mais um dia abafado e com chance para pancadas de chuva em toda a região Norte. Áreas ao sul do Amazonas, Acre e Rondônia têm maior possibilidade para chuva volumosa e persistente.

Nas demais áreas, chove de forma mais pontual e sem grandes acumulados.