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Soja: seguindo ascensão do petróleo, Chicago sobe pré-USDA

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam inalterados a US$ 12,36 1/2 por bushel

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Foto: Divulgação/AEN

Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado estende os ganhos desta quinta-feira, seguindo o forte desempenho do petróleo com alta de 4% em Nova York. Os preços são sustentados pelo avanço das bolsas de valores da Europa, com o acirramento da tensão no Oriente Médio. Até o momento, a posição março/24 ainda acumula 1,1% de perdas semanais.

Além disso, os investidores operam em compasso de espera pelo relatório dos estoques trimestrais e da safra de soja em 2023/24 nos Estados Unidos. Os números serão divulgados hoje, às 14h (horário de Brasília), pelo Departamento de Agricultura do país (USDA).

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Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 239 milhões de bushels em 2023/24. Em dezembro, a previsão ficou em 245 milhões de bushels. Para a safra, a aposta é de um pequeno corte, passando de 4,129 bilhões para 4,123 bilhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2023/24 de 112,2 milhões de toneladas, contra 114,2 milhões de toneladas estimadas em dezembro. Para a safra do Brasil, a aposta é de que o número recue de 161 para 156,3 milhões de toneladas. Para a Argentina, o mercado aposta em número de 48,9 milhões, acima dos 48 milhões indicados em dezembro.

Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1o de dezembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamentoem igual período do ano anterior. A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 2,982 bilhões de bushels. Em igual período do ano anterior, o número era de 3,021 bilhões de bushels. Em 1º de setembro, data do relatório anterior, os estoques estavam em 268 milhões de bushels.

Os contratos com vencimento em março operam cotados a US$ 12,43 1/4 por bushel, alta de 6,75 centavos, ou 0,54%, em relação ao fechamento anterior.

Ontem, a oleaginosa fechou com preços mais altos. Na véspera do relatório de janeiro do USDA, a alta do petróleo e compras baseadas em fatores técnicos asseguraram a recuperação.

O cenário fundamental, entretanto, limita qualquer alta mais consistente. O bom desenvolvimento das lavouras na América do Sul após perdas por estiagem no Brasil – e a fraca demanda para a soja americana ainda são fatores que pesam sobre os contratos.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam inalterados a US$ 12,36 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,48 por bushel, com ganho de 0,50 centavo ou 0,04%.

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