Soja Brasil

Abiove faz projeções para o complexo soja e consolida números da safra passada

Receita esperada com as exportações do grão, farelo e óleo pode superar os US$ 66 bilhões neste ano, maior cifra da história

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as projeções para a safra de soja de 2023 e concluiu o fechamento de 2022.

As estimativas para o atual ciclo seguem otimistas, apontando para uma produção recorde de 153,6 milhões de toneladas de soja em função, especialmente, da recuperação da tendência histórica de produtividade, além da expansão da área cultivada. Assim, o mercado brasileiro também pode registrar um novo recorde de esmagamento com 52,5 milhões de toneladas.

A produção de farelo de soja fica em 40,2 milhões de toneladas e a de óleo em 10,7 milhões. Contudo, vale mencionar que o consumo interno de óleo de soja foi atualizado para 8,95 milhões de toneladas, considerando a mistura de 12% de biodiesel a partir de abril.

Exportações do complexo soja

As projeções para as exportações deste ano indicam os seguintes volumes:

  • Soja em grão: 92,3 milhões de toneladas
  • Farelo: 20,7 milhões
  • Óleo: 2,15 milhões

A receita esperada com as exportações dos produtos do complexo soja pode superar os US$ 66 bilhões neste ano, mais um recorde histórico.

Safra 2022 concluída

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Foto: Famasul

Os dados mensais do ano passado, antes amostrais, foram atualizados para contemplar toda a indústria. Sendo assim, a produção de soja da safra 2022 fechou em 129,9 milhões de toneladas e o processamento em 50,9 milhões.

As exportações, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram de 78,7 milhões de toneladas de soja, 20,4 milhões de farelo e 2,6 milhões de óleo. O valor total gerado pelas exportações do complexo soja foi de US$ 61 bilhões.

As vendas internas de farelo foram de 18,9 milhões de toneladas e as de óleo de 7,2 milhões, volume que inclui as vendas para mistura de biodiesel, mantida em 10% durante todo o ano.

Estes números de 2022 demonstram a capacidade da indústria brasileira em se organizar rapidamente para suprir as demandas domésticas e internacionais, principalmente em um ano que começou com fortes perdas decorrentes de problemas climáticos na região Sul.