Soja Brasil

Mato Grosso deve ter crescimento de 2% na área de soja em 22/23

Analista do Instituto explica que expansão se dará, majoritariamente, sobre pastagens

soja
Semeadura de soja. Foto: Divulgação Jacto

A área a ser semeada com soja em Mato Grosso na temporada 2022/23 deve experimentar um leve crescimento, em torno de 2%. Conforme o analista de soja no Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), Iury Rodrigues, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras, a área deve chegar a 11,8 milhões de hectares, ante 11,4 milhões em 2021/22. “Vai pegar áreas de pastagens”, explica.

Na intenção de plantio da consultoria Safras & Mercado, divulgada em julho, a área de Mato Grosso a ser cultivada com soja foi prevista em 11,85 milhões de hectares para a temporada 2022/23, um aumento de 3,5% sobre os 11,45 milhões de hectares de 2021/22. O rendimento foi estimado em 3.540 quilos por hectare (59 sacas), gerando uma safra de 41,739 milhões de toneladas.

De acordo com o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2022/23, divulgado na última quinta-feira (6), o estado deve ter uma safra de 41,146 milhões de toneladas, equivalendo a um recuo de 0,8%. A área prevista para 2022/23 é de 11,652 milhões de hectares, ganho de 4,9% ante os 11,108 milhões de hectares de 2021/22, com rendimento esperado de 3.531 quilos por hectare (58,8 sacas), ante patamar 3.735 quilos (62,2) da safra anterior.

Índice de plantio de soja

Lavoura de Soja plantio
Foto: Lenini Martins/GCom-MT

A semeadura em Mato Grosso atingia 18,61% da área no dia 7 de outubro, conforme relatório Imea. Segundo Rodrigues, o índice está muito parecido com o ano passado, mas tem município mais adiantado, como Nova Mutum.

O clima tem favorecido a cultura, com precipitações entre 100 e 150 milímetros nos últimos 30 dias. Havia o temor de falta de chuvas por causa do La Niña, mas não se confirmou, frisa o analista. A produtividade média, por enquanto, está projetada em 58,96 sacas de 60 quilos por hectare (3.537 quilos por hectare).

Ainda conforme Rodrigues, haverá redução de aplicações de fertilizantes. “Por isto, o sojicultor não comprou tanto, o que aumentou o produto estocado”, explica. Também há relato de fila de caminhões para entrega de calcário, acrescenta.