Os preços da soja deram continuidade nesta segunda-feira (28) ao movimento de queda deflagrado na semana passada. Os preços recuaram em Chicago e o dólar subiu, mas segue em patamares baixos. Diante deste quadro, os produtores estão retraídos e o mercado, vazio de ofertas.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 198,00 para R$ 197,00
– Região das Missões: a cotação recuou de R$ 197,00 para R$ 196,00
– Porto de Rio Grande: o preço caiu de R$ 201,00 para R$ 200,00
– Cascavel (PR): o preço baixou de R$ 187,00 para R$ 184,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca caiu de R$ 195,00 para R$ 192,00
– Rondonópolis (MT): a saca baixou de R$ 179,00 para R$ 178,00
– Dourados (MS): a cotação ficou em R$ 178,00
– Rio Verde (GO): a saca permaneceu em R$ 175,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. O anúncio de lockdown em Xangai, na China, trouxe temores sobre a recuperação da economia mundial e, em consequência, em torno da demanda chinesa por commodities.
O petróleo despencou quase 7% e empurrou as commodities para o território negativo. O mercado ainda avalia os dados recentes sobre a procura pelo produto americano e se posiciona frente ao relatório de intenção de plantio americano.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 628.819 toneladas na semana encerrada no dia 24 de março, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 650 mil toneladas.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 132 mil toneladas de soja em grão para a China. A entrega está programada para a temporada 2021/22.
O Departamento deverá apontar elevação na área a ser plantada com soja naquele país em 2022 na comparação com o ano anterior. O relatório de intenção de plantio do USDA será divulgado nesta quinta, 31, às 13hs. A previsão deverá indicar área maior que a estimativa divulgada em fevereiro,
durante o Fórum Anual do Departamento.
Pesquisa realiza por agências internacionais indica que o mercado está apostando em número de 88,8 milhões de acres. No ano passado, os americanos semearam 87,195 milhões de acres. A média das projeções oscila entre 86 milhões e 92,2 milhões de acres.
Se a expectativa do mercado for confirmada, o USDA vai indicar um número superior aos 88 milhões de acres indicados durante o Fórum. A área de soja deverá ficar abaixo da de milho, projetada em 92 milhões de acres, contra 93,357 milhões do ano anterior.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 46,00 centavos de dólar por bushel ou 2,68% a US$ 16,64 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 16,46 3/4 por bushel, com perda de 41,75 centavos ou 2,47%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 9,00 ou 1,84% a US$ 478,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 72,45 centavos de dólar, com queda de 2,30 centavos ou 3,07%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em alta de 0,56%, cotado a R$ 4,7740. A moeda norte-americana, que chegou a subir mais de 1,3%, perdeu força ao longo da sessão, mas refletiu a queda no preço das commodities e as incertezas sobre a retomada econômica chinesa.