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Produtor de soja, fique de olho nos acontecimentos da semana que vem

Chicago pode testar novas altas por seca na América do Sul. Veja mais destaques

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Gutierrez Roque.

  • O mercado da soja permanece com as atenções centralizadas no clima para o desenvolvimento da nova safra da América do Sul diante dos problemas produtivos derivados do fenômeno La Niña.  Paralelamente, os players acompanham os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional.
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Foto: Pixabay
  • A falta de umidade continua trazendo problemas importantes para as lavouras do Sul do Brasil, assim como para as principais províncias da Argentina e a maior parte do Paraguai.
  • No Brasil, apesar de algumas chuvas terem atingido boa parte dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná nos últimos dias, os acumulados foram considerados insuficientes na maioria das microrregiões estaduais para trazer uma recuperação das lavouras que sofrem com a falta de umidade desde dezembro. Além disso, as altas temperaturas também são um fator que acelera a deterioração das plantas, e nesta última semana tivemos registros de temperaturas extremamente elevadas, principalmente no Rio Grande do Sul. Nestas condições, a cada dia as perdas aumentam e se tornam cada vez mais irreversíveis.
  • Já trabalhamos com uma perda de pelo menos 12 milhões de toneladas na safra brasileira, e se o clima não melhorar, infelizmente novos cortes serão feitos. Os mapas de previsões climáticas voltam a apontar para pouca umidade no Sul do Brasil nos próximos 7 dias.
  • No Paraguai, as perdas que pareciam não ser tão extensas ao longo de dezembro começam a se mostrar muito expressivas. É possível que 40% da safra paraguaia esteja em xeque.
  • Na Argentina, as chuvas dos últimos dias foram consideradas benéficas para as lavouras da Zona Núcleo. As previsões apontam para mais uma semana de clima úmido sobre as principais províncias produtoras, o que, se confirmado, certamente será um fator positivo para as plantas. Ainda é cedo para consolidarmos as perdas na Argentina, mas a atenção segue redobrada devido aos mapas que apontam para um mês de fevereiro bastante seco. De qualquer forma, algumas lavouras sofreram com a falta de umidade do mês de dezembro, e há dúvidas com relação ao potencial de recuperação.
  • Chicago deve continuar encontrando suporte nos problemas produtivos da América do Sul, e se o clima não melhorar, patamares mais elevados podem ser testados. Apesar disso, a umidade esperada para a Argentina é um fator que pode limitar o movimento positivo nos próximos dias.