Soja Brasil

Soja: preços regionalizados e poucos negócios no Brasil

Em Chicago, o retorno das chuvas no Meio Oeste dos Estados Unidos deflagrou o movimento de vendas após três dias de ganhos

Os preços da soja tiveram comportamento misto e regionalizado nesta segunda-feira (9) no mercado brasileiro. A volatilidade do dólar e de Chicago prejudicou a movimentação e a fixação de preços. “Nos picos de Chicago e do dólar, as cotações subiram, mas sem grandes volumes negociados”, disse o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 166 para R$ 167. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 165 para R$ 166. No porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 171,5 para R$ 170,5. Em Cascavel (PR), o preço seguiu em R$ 168,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca estabilizou em R$ 171. Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 172 para R$ 173. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 157 para R$ 160. Em Rio Verde (GO), a saca avançou permaneceu em R$ 170.

Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em baixa. O retorno das chuvas no Meio Oeste dos Estados Unidos deflagrou o movimento de vendas após três dias consecutivos de ganhos.

A preocupação em torno do avanço da variante delta do coronavírus e seu impacto sobre a recuperação da economia mundial atingiu o mercado financeiro. O petróleo caiu forte e o dólar subiu. Este cenário também impactou a pressão sobre as cotações da soja.

O mercado avaliou hoje indicações em torno do comportamento da demanda pela soja americana. As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 114.253 toneladas na semana encerrada no dia 5 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos(USDA).

O mercado esperava o número em 200 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 185 mil toneladas. O USDA anunciou ainda nova venda de 104 mil toneladas de soja em grão para destinos não revelados por parte de exportadores privados. Foi o terceiro dia seguido de operações. Além disso, o governo chinês divulgou os dados sobre as importações daquele país.

As importações de soja em grão pela China no mês de julho somaram 8,67 milhões de toneladas. Frente a julho do ano passado, caiu 14,1%, quando atingiu 10,09 milhões de toneladas. No acumulado do ano, as importações chinesas somam 57,63 milhões de toneladas, alta de 4,5% sobre igual período do ano anterior.

O mercado aguarda agora o relatório sobre as condições das lavouras americanas, que será divulgado no final do dia pelo USDA. O mercado espera que o índice de lavouras em boas a excelentes condições permaneça em 60%.

Os agentes começam a se posicionar frente ao relatório de agosto do USDA, que será divulgado na quinta, 12. O sentimento do mercado é de corte nas previsões de safra e produtividade dos Estados Unidos.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 2,7 centavos de dólar por bushel ou 0,2% a US$ 13,41 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,3 3/4 por bushel, com perda de 7 centavos ou 0,5%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 1,5 ou 0,42% a US$ 357,3 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 60,7 centavos de dólar, perda de 1 centavo ou 1,8%.