Uma estufa de produção de flores em Holambra, no interior do Estado, é a primeira no país a utilizar técnica de inundação, chamada Piso de Cultivo. A água vem de baixo, é sustentada pela chuva ou por equipamentos de irrigação. Drenos fazem a distribuição da água e depois recolhem o líquido, não havendo desperdício de água no processo.
– Essa água vai entrando no substrato, até uma altura de 2,5 centímetros e o resto por capilaridade vai puxando essa água pra cima. Nesse processo, ele umedece e faz uma troca de ar – explica o produtores de flores, Jan de Wit.
A água que não é absorvida passa por tratamento e vai para um reservatório, para ser reutilizada. O sistema é programado por computador e permite escolher as áreas a serem irrigadas na estufa de quase 1,5 hectares de lírios. A eficiência é ainda maior porque a cobertura da estufa capta a chuva. O produtor conta que a economia de água chega a 70%. Wit também ressalta que economia de mão de obra é grande.
O investimento no Piso de Cultivo é de R$ 75 por metro quadrado, mas para ter uma estufa moderna, com telhado retrátil e inteligente que se move conforme a temperatura e a luminosidade, o investimento é maior. Segundo Wit, o valor fica aproximadamente R$ 200 por metro quadrado.
A tecnologia holandesa é fornecida por uma empresa de Holmbra na 21ª Hortitec. A feira é a maior do país com tecnologias para a produção de flores, hortaliças e frutas. O público esperado é de mais de 25 mil pessoas em três dias de evento. Em 2013, a feira gerou R$ 90 milhões em negócios. Para 2014, a expectativa é de mais investimentos para diminuir os custos e melhorar a produtividade.
-A horticultura continua estável em termos de área, porém, na última safra tivemos o incremento de 13% no volume de hortaliças produzidas no Brasil – diz o presidente do Conselho de Ética e Relacionamento da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, Luis Eduardo Rodrigues.