Economia

Dólar oscila em alta com mercado monitorando tensão entre EUA e Irã

A equipe econômica do Bradesco afirma que o preço do petróleo deve continuar em um patamar pressionado, ao menos no curto prazo

Donald Trump
Ataque dos Estados Unidos matou na última sexta-feira, 3, o líder militar do Irã Qassem Soleimani . Foto: Shealah Craighead/ The White House

O dólar comercial oscila, mas tem viés de alta desde a abertura dos negócios desta segunda-feira, 6, refletindo a aversão ao risco global em meio à escalada das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Irã após a morte de um líder militar iraniano na sexta-feira, 3, no qual o governo norte-americano assumiu o ataque. Às 9h49 de Brasília, a moeda oscilava em alta de 0,12% no mercado à vista, cotada a R$ 4,061 para venda, enquanto o contrato para fevereiro operava praticamente estável, com alta de 0,03%, a R$ 4,065.

Os analistas da Commcor reforçam que a cautela penaliza os ativos de risco com a delicada tensão geopolítica entre os países embora com movimentos mais comedidos do que os da sexta-feira quando investidores foram ‘pegos de surpresa’ com a notícia sobre o ataque aéreo em Bagdá (Iraque) que resultou na morte do comandante militar Qassem Soleimani na madrugada de sexta-feira.

“O sentimento nas mesas varia entre aqueles mais pessimistas, que apostam em um conflito de maiores proporções e aqueles que acreditam que logo a situação acalmará. Devemos dizer que, com base nas notícias recentes, fica difícil apostar em uma calmaria no curto prazo”, acrescentam, especialmente, após o Irã anunciar saída do acordo nuclear firmado em 2015 entre grandes potências. Os Estados Unidos saíram do acordo em 2018.

Ainda sobre as tensões no Oriente Médio, segundo a equipe econômica do Bradesco, o preço do petróleo, que avançou durante a semana passada, deve continuar em um patamar pressionado, ao menos no curto prazo, enquanto as incertezas seguirem elevadas.

Apesar do assunto prevalecer no mercado, a semana será de agenda cheia com investidores atentos aos dados de inflação, da indústria e de emprego, principalmente, nos Estados Unidos, o que deverá direcionar o movimento do dólar.