Preços do trigo no Brasil estão abaixo da paridade de importação Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

MERCADO

Preços do trigo no Brasil estão abaixo da paridade de importação

O mercado doméstico de trigo segue com reportes pontuais de negócios e preços mantidos por volta de R$ 1.200 a tonelada

trigo transgênico
Foto: AEN

O mercado doméstico de trigo segue com reportes pontuais de negócios e preços mantidos por volta de R$ 1.200 a tonelada nas regiões de produção.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, as cotações parecem ter encontrado um ponto de suporte para este momento em que os moinhos estão abastecidos e muitos produtores precisam ir ao mercado para liberar espaço em seus armazéns.

Diante desse cenário, mesmo com um quadro apertado e com necessidade de aquisições internacionais para atender a moagem dos principais estados produtores do sul do país, os preços domésticos estão abaixo da paridade de importação em relação ao cereal argentino.

Nesta quarta-feira, essa paridade seria de R$ 1.265/tonelada e de R$ 1.290/tonelada no interior gaúcho e paranaense, respectivamente.

Destaque para os line-ups de importação/cabotagem registros de desembarques realizados e/ou programados nos portos brasileiros que apontam para um acumulado de 2,046 milhões de toneladas na temporada 2023/24 (de agosto/23 até fevereiro/24). O último mês de janeiro, com 666,7 mil toneladas, foi o de maior ingresso até o momento.

A grande novidade é a forte presença gaúcha nas aquisições internacionais, com desembarques no porto de Rio Grande totalizando 363,7 mil toneladas (18% do total). Os fortes danos causados no estado pelo excesso de chuva abrem a necessidade de um grande volume de importação para atender à necessidade de moagem local. Importante lembrar, contudo, que o porto de Rio Grande também foi o local de saída de mais de 2,0 milhões de toneladas de trigo ao exterior (feed wheat).

Trigo em Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos.

O mercado repercutiu os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a oferta e demanda do cereal no mundo. A maior competição no mercado exportador pressionou as cotações.

A Rússia deve produzir 91 milhões de toneladas e exportar 51 milhões, os mesmos números de janeiro. A Ucrânia deve produzir 23,4 milhões e exportar 15 milhões de toneladas. No mês passado, o USDA esperava as exportações em 14 milhões de toneladas.

A safra 2023/24 do cereal na Argentina foi projetada em 15,5 milhões de toneladas, contra 15 milhões em janeiro. As exportações do país foram elevadas de 10 para 10,5 milhões de toneladas.

No Canadá, a projeção da safra 2023/24 foi mantida em 31,95 milhões de toneladas. A projeção da safra australiana do cereal ficou em 25,5 milhões de toneladas. Na União Europeia e no Reino Unido, a safra 22/23 está projetada em 134 milhões de toneladas.

No fechamento, os contratos com entrega em março eram cotados a US$ 5,88 1/2 por bushel, baixa de 13,50 centavos de dólar, ou 2,24%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em maio de 2024 eram negociados a US$ 5,94 por bushel, recuo de 14,00 centavos, ou 2,3%, em relação ao fechamento anterior.

Sair da versão mobile