Rômulo Mello é empossado como primeiro presidente do Instituto Chico Mendes

Regularização fundiária de mais de 30 milhões de hectares no país está entre suas principais missõesUm ano depois que o Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental foi criado, tomou posse nesta quinta-feira, dia 31, o primeiro presidente do órgão. Rômulo Mello foi empossado pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

O ex-diretor de Conservação da Biodiversidade do próprio Instituto Chico Mendes assumiu a presidência com a missão de agilizar a regularização fundiária de mais de 30 milhões de hectares em todo o país ? que abrigam parques, reservas extrativistas e florestas nacionais, áreas transformadas em unidades de conservação, mas onde ainda vivem em torno de 40 mil famílias.

? Nós criamos a unidade, mas temos uma pessoa, que é ou posseiro ou proprietário, que precisa ser indenizada. Então isso é um passivo que precisa ser solucionado ? afirma Mello.

O Instituto Chico Mendes é responsável por 299 unidades de conservação espalhadas pelo Brasil. Atribuição que até então era do Ibama. Para o presidente Roberto Messias, o Ibama conseguirá agora concentrar as ações de fiscalização.

? Desafoga muito (o Ibama), ou seja, criamos a capacidade ainda mais de trabalhar conjuntamente. As tarefas que o Ibama tem são gigantescas.

Na cerimônia, o ministro do Meio Ambiente anunciou a contratação, em agosto, de mil brigadistas que vão ajudar no combate ao desmatamento na Amazônia. Carlos Minc também adiantou que até sembro o presidente Lula deve assinar o Pacote do Ecoturismo, são várias medidas para garantir o desenvolvimento sustentável de seis parques nacionais.

? Primeiro vão ser seis grandes parques nacionais, vão receber R$ 50 milhões; a gente quer dobrar o número de turistas em parques nacionais. Vamos fazer concessão de uma série de serviços: arborismo, esportes radicais, visitação guiada, restaurantes, escursões, vamos melhor os atrativos para eles terem levantamento de fauna e flora; vamos melhorar o acesso da comunidade científica com rigor, mas sem burocracia.

Nesta sexta-feira o presidente Lula assina, no Rio de Janeiro, a criação do Fundo da Amazônia, que vai captar recursos para projetos sustentáveis na região, e do Fundo Nacional sobre mudança do Clima  para a financiar projetos que não contribuam para o aquecimento global.