Trigo: moinhos preveem preços mais altos mesmo após oferta da safra Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Trigo

Trigo: moinhos preveem preços mais altos mesmo após oferta da safra

Quebra de safra na Rússia e na China, valorização do dólar e possível recuo na produção brasileira devem dar suporte às cotações

trigo
Foto: Joseani Antunes/ Embrapa Trigo

A indústria moageira prevê que os preços do trigo deverão seguir firmes mesmo após a entrada da safra nacional, a partir do fim deste mês. Fatores como a quebra de safra na Rússia e na China, a valorização do dólar e o possível recuo na produção brasileira devem dar suporte às cotações. O Brasil importa cerca de 50% do volume de trigo processado pelos moinhos.

“A colheita está atrasada e os preços são balizados pelo mercado internacional. O produtor tem informação sobre os valores que estão sendo praticados lá fora e não vejo redução de custos para os moinhos no curto prazo”, disse o presidente do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), Christian Saigh. O executivo lembrou que o dólar – que hoje ultrapassou os R$ 4, o que não era visto desde março de 2016 – encarece a importação.

O vice-presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), João Carlos Veríssimo, não vê queda na dependência brasileira do produto importado e a Argentina deve seguir como principal fornecedor para a indústria do Brasil. “Os argentinos devem produzir de 18 milhões a 20 milhões de toneladas de trigo; compramos o produto deles a preços mais altos do que quando produziam 15 milhões de toneladas. Eles estão mais competitivos diante da quebra na safra global”, acrescenta Saigh.

A possibilidade de a Rússia limitar as exportações para assegurar oferta interna e de a China reforçar as compras para contornar a menor produção de trigo influenciam os contratos futuros do cereal na Bolsa de Chicago. Segundo Veríssimo, a depender do interesse chinês por trigo no mercado global as cotações vão refletir o movimento, o que deve afetar os preços no Brasil.

Sair da versão mobile