Vendas de frutas aumentam 50% de novembro para dezembro na Ceagesp

São os últimos momentos para garantir a ceia da virada do anoCeia de Réveillon é sinônimo de carne suína, peixe e frutas. Para muita gente, estes itens são indispensáveis nas festas de final de ano. É por isso que as vendas de frutas na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), a maior central de abastecimento da América Latina, aumentaram 50% de novembro para dezembro.

São os últimos momentos para garantir a ceia da virada do ano. Nesta quarta, dia 30, a feira, que começaria às 16h, foi antecipada para as 8h da manhã. Foram 12 horas de muita correria e trabalho para os feirantes. Além de movimento, o dia foi de reclamação por lá. Os consumidores e comerciantes dizem que os produtos estão muito caros.

? É necessário contratar mais gente, porque o trabalho aumenta muito ? disse o comerciante Milton de Lima Silva.

O trabalho é maior principalmente para quem vende frutas. Algumas são indispensáveis no Ano Novo. Os mais supersticiosos dizem que a cesta de frutas na mesa é símbolo de prosperidade. A uva, a ameixa e o pêssego são as campeãs de venda. Outra muito procurada é a lichia. O estoque precisou ser reforçado.

Entretanto, para ter uma mesa completa na noite de Ano Novo, é preciso gastar. Às vezes, mais do que o planejado. No Varejão da Ceagesp, tanto consumidores quanto vendedores reclamam que as frutas estão muito caras.

Até os feirantes dizem que pagam mais caro pelas frutas no atacado. O motivo é a maior demanda.

? É um dia em que a procura aumenta 100% e, por isso, falta produto. Assim fica mais caro mesmo ? acrescentou Lima Silva.

O comerciante Valter Soares, que vende na Ceagesp desde 1985, conta que todo final de ano é a mesma história: os preços disparam. Um exemplo é a uva. Ele diz que o quilo da fruta que atualmente custa R$ 6 vai cair para R$ 3 ou R$ 4 em janeiro.

Segundo o aposentado Luiz Pasetti, não importa o tamanho da ceia de Réveillon.

? O que não pode faltar mesmo é amizade, amor e prosperidade ? concluiu Pasetti.