O setor sucroenergético inicia a safra 2010/2011 com otimismo. A UNICA divulgou que a moagem deve atingir 595, 9 milhões de toneladas, 10% a mais do que o ciclo anterior. A previsão de clima mais seco para este ano indica que a produtividade também vai ser maior, Com até oito quilos a mais de açúcar total recuperável por tonelada de cana – em 2009/2010 era 130,36 kg/t e agora, 2010/2011, é 138,59 kg/t, um aumento de 6,3%-, a produção nacional de açúcar deve ser de 34 milhões de toneladas, um crescimento de 19,1% em relação a safra passada. Parte desde resultado se deve ao fato de 10 usinas que antes só operavam com álcool passarem a produzir açúcar também.
A produção de etanol deve aumentar 15,6% e alcançar 27,4 bilhões de litros. Devido ao câmbio desvalorizado, as exportações do combustível devem cair em 34,5% para o menor nível dos últimos sete anos: 1,8 bilhão de litros. Com isso vai sobrar mais etanol no mercado interno e a oferta de produto no cenário doméstico pode crescer 22,1% e alcançar de 25,6 bilhões de litros.
Os números são melhores, mas precisam ser avaliados com cautela, de acordo com a UNICA. A cana que deixou de ser colhida no ano passado, conhecida como bisada, representa 12% desta safra. A idade média do canavial que vai ser colhido é de quatro anos e o ideal seria dois anos e oito meses.
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Com a crise financeira que atingiu o setor em 2009, as empresas não conseguiram reformar os canaviais, nem mesmo ampliar o plantio. No campo, mais de 25% da cana vai para o quinto corte. As plantas estão envelhecidas e com qualidade ruim. Uma situação de risco para o setor.
