Uso de etanol em carros flex evitou emissão de mais de 83 milhões de toneladas de CO2, diz Unica

Período analisado foi entre março de 2003 e janeiro de 2010O consumo de etanol em carros flex brasileiros, entre março de 2003 e janeiro de 2010, evitou a emissão de mais de 83 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) na atmosfera.  Os dados foram registrados pelo "Carbonômetro", ferramenta criada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para medir a redução nas emissões de CO2 por carros equipados com motor flex e que utilizam o etanol como combustível.

De acordo com informações divulgadas na primeira semana de fevereiro pela Associação Nacional Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que foram compiladas pela Unica, em janeiro de 2010 as vendas de carros bicombustíveis representaram 90% das vendas totais de automóveis, que chegaram a mais de 190 mil unidades.

Devido a alterações significativas no mercado de etanol desde outubro de 2009, os cálculos do Carbonômetro a partir de janeiro de 2010 utilizam nova base de consumo de etanol para veículos flex, definida temporariamente como 80% de consumo de gasolina tipo C e 20% de etanol.

? Oportunamente essa relação será revista de modo a representar a dinâmica do mercado ? explica Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da UNICA.

Compensação

Para atingir o mesmo total de CO2 que deixou de ser emitido por carros flex em sete anos, de acordo com os dados do “Carbonômetro”, seria preciso plantar e manter ao longo de 20 anos mais de 267 milhões de árvores nativas. A metodologia de cálculo da equivalência em árvores foi desenvolvida pela Organização Não-Governamental SOS Mata Atlântica, e está detalhada no site Etanol Verde, mantido pela Unica.