Agronegócio

Crédito: ‘Remédio precisa chegar no doente antes da morte’, diz Tereza Cristina

A ministra da Agricultura afirmou que um projeto de linha de crédito para pequenos produtores já está pronto para ser implementado, e pode ser liberado já na próxima semana

Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante solenidade de abertura do 1º Congresso Brasileiro de Gestores da Agropecuária
Foto: Antonio Araujo/Ministério da Agricultura

Em entrevista neste sábado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina,  afirmou que um projeto de linha de crédito para pequenos produtores já está pronto para ser implementado, e pode ser liberado já na próxima semana. O orçamento será direcionado para uma equalização de créditos. 

“O Ministério da Agricultura está trabalhando nessa linha. Queremos atender principalmente os pequenos agricultores, para auxiliar com estoques e outras demandas para que o setor não sinta ainda mais os impactos da crise do coronavírus”, afirmou ela. 

Tereza citou ainda o setor de flores, cujo segundo relatos, já há uma redução de 70% nas vendas. “Já conversei com o Paulo Guedes e ele aprovou o orçamento. Mas infelizmente, o Brasil ainda é um país muito burocrático e estamos trabalhando em cima disso, para que o remédio chegue ao doente antes que ele morra”, enfatizou. 

A ministra no entanto, não revelou o valor que será destinado às linhas de créditos. 

Ainda segundo ela, o Mapa está averiguando possíveis impactos no setor de produção de ovos de codorna, que pode sofrer uma redução drástica no plantel, de 20 milhões para 5 milhões. 

Portos 

Tereza Cristina reforçou que o governo está trabalhando para garantir que não haja paralisações nos portos do país. “Tenho conversado com o Ministro da Infraestrutura, o Tarcício, para melhorar ainda mais a logística.  Terminamos a nossa maior safra de todos os tempos, e existe um cronograma dentro da capacidade dos portos de exportação. 

“Precisamos ficar atentos também ao dólar, que por conta da alta, muitos produtores acabaram negociando soja ao mesmo tempo e parar a exportação agora, seria uma terrível perda para o agronegócio do Brasil como um todo”, disse.