Agronegócio

Dinetec: empresas oferecem condições especiais para compra de insumos na safra 2022/23

O investimento em tecnologia e inovação é uma das apostas das empresas de sementes que participam do evento

Em tempo de custos recordes, empresas oferecem condições especiais para negociar insumos para safra 2022/23 na Dinetec, em Canarana (MT). Mesmo assim, os agricultores adotam cautela nas compras diante do cenário de escassez dos produtos.

O investimento em tecnologia e inovação é uma das apostas das empresas de sementes que participam desta edição da Dinetec. Entre as novidades que estão no evento para safra 2022/23, destaque para uma cultivar de soja com ciclo de 110 dias e promessa de excelente potencial produtivo e resistência a quatro espécies de nematóide de cisto.

“É uma cultivar de um ciclo extremamente adequado para as necessidades, que se adequa praticamente para todos os manejos da região. Em números percentuais de produtividade, a gente teve mais de 80% de vitória sobre os principais competidores desse grupo de maturação em Mato Grosso. Em termos de produtividade, a gente teve resultado próximo a 100 sacos”, explica o coordenador de marketing da Nidera Sementes, Fabrício Lemes da Silva.

Além da tecnologia, outras empresas do setor apostam na qualidade e na germinação das sementes para atrair os produtores.

“Para os clientes e produtores se sentirem seguros a gente mostra realmente esse poder de vigor e germinação que tem a semente. Por mais que o estado determine 85% de germinação mínima, nós trabalhamos com 90% acima produzida para o estado”, diz o diretor comercial da Agro-sol sementes, Pedro Tomazelli.

Além de sementes para próxima safra, quem visita os estandes da Dinetec também encontra boas oportunidades para compra de fertilizantes e defensivos. Algumas empresas oferecem pacotes diferenciados para os visitantes que fecham negócios durante o evento.

Na revenda onde o analista de germinação da Agrícola Alvorada, Diego Supptitz trabalha, o foco são as condições favoráveis nas operações de barter – a troca de produtos pelo grão.

“Estamos aqui com uma ferramenta de precificação de alta dentro de Chicago, onde o produtor trava o custo dele e a gente proporciona para ele uma participação na alta de Chicago. Isso, no futuro, vai virar um bônus para o produtor pegar em produtos, em insumos. Posso falar que estamos conseguindo até 10 reais por saco de valorização para o produtor rural”.

As inúmeras alternativas de sementes, produtos e serviços agradam os agricultores, mas não amenizam a preocupação com os custos para a próxima safra.

“Estamos um pouco apreensivos, pois apesar da soja ter se valorizado, os insumos subiram muito. O ano passado eu consegui fazer uma troca de adubo e insumos por 23 sacos de soja. Este ano estão oferecendo somente adubo, e está saindo por 18 sacos por hectare. O ano passado, principalmente os fosfatados, estavam na faixa de R$ 1500. Este ano está mais que o dobro, então a conta do adubo não está fechando”, pontua o vice-presidente da região leste da Aprosoja-MT, Diego Dallasta.