Agronegócio

Dólar recua após oscilar na abertura com PIB e atinge R$ 5,20

A economia cresceu 7,7% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, abaixo da expectativa do mercado, puxado pela indústria e pelo setor de serviços

Dólar
Foto: Pixabay

O dólar comercial opera em queda frente ao real após oscilar na abertura dos negócios acompanhando o exterior onde a moeda estrangeira perde terreno para as divisas de países emergentes, além de reagir ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro trimestre do ano.

Às 11h10 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 1,16%% no mercado à vista, cotada a R$ 5,2070 para venda, enquanto o contrato para dezembro oscilava em queda de 0,25%, a R$ 5,2065.

Há pouco, saiu o resultado do PIB brasileiro, no qual a economia cresceu 7,7% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, abaixo da expectativa do mercado, puxado pela indústria e pelo setor de serviços. Foi a maior alta trimestral da série histórica, iniciada em 1996

A equipe da corretora Commcor ressalta o resultado “animador” da emissão externa de títulos de dívida pública pelo Tesouro Nacional ontem, no qual foram captados US$ 2,5 bilhões, com demanda três vezes maior do que a oferta. “O resultado dessa emissão reforça a realidade de apetite ao risco no exterior, bem como algum otimismo com a leitura de que o Brasil não deve caminhar para a prorrogação [do pagamento] do auxílio emergencial”, avalia.

Os analistas da corretora acrescentam que ainda há expectativa de que a agenda de reformas estruturais avance em 2021, o que “naturalmente” impacta a percepção de risco fiscal. “O pano de fundo de busca por risco ajuda, é claro, tendo como catalisadores recentes os avanços concretos no âmbito das vacinas contra a covid-19”, reforçam.

O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, ressalta que volta ao radar dos investidores a expectativa para aprovação de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos. A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, aponta para um programa de estímulo em torno de US$ 1,3 trilhão, inferior à proposta dos democratas antes das eleições, que era de US$ 2,4 trilhões.